Marcelo Gonçalves/Fluminense FC

Fluminense eliminou o Internacional na semifinal com virada no Beira-Rio
Chegou o dia de se descobrir quem vai ser o dono do futebol na América do Sul. Neste sábado, às 16h (MS), no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, Fluminense e Boca Juniors-ARG se enfrentam pelo título da Copa Libertadores 2023. A final é disputada em jogo único e, em caso de empate, tem prorrogação e, permanecendo a igualdade, o campeão sai na disputa de pênaltis. A partida tem transmissão ao vivo pela Rede Globo.
O Tricolor busca um título inédito. Na única vez que chegou na decisão da competição continental, em 2008, o time carioca perdeu a taça para a LDU Quito-EQU, também no Maracanã, nos pênaltis por 3 a 1.
Para evitar a repetição desse resultado, a equipe comandada pelo técnico Fernando Diniz aposta tanto no bom futebol como na sua força como mandante. Em seis partidas jogando em casa, a equipe brasileira não sofreu nenhuma derrota (foram dois empates e quatro vitórias, uma delas uma goleada de 5 a 1 sobre os argentinos do River Plate-ARG na fase de grupos).
Em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira (3) o capitão da equipe tricolor, o zagueiro Nino, comentou a oportunidade de decidir a competição em casa: “É especial viver esse momento no Maracanã. Desde que soubemos que a final seria aqui, [estar aqui] foi um objetivo que traçamos. Ficamos muito felizes e conhecemos o campo, mas não sei se é tão determinante. Sei que teremos pessoas queridas presentes, como nossa família e torcida, o que nos enche de motivação e faz com que entremos em campo com um algo a mais”.
Lucas Merçon/Fluminense FC

Técnico Fernando Diniz aposta no seu principal jogador, atacante argentino Germán Cano
Neste contexto, a expectativa é de que o Fluminense tente atuar valorizando a posse de bola e abusando da qualidade de seus homens de frente, que criam boas oportunidades para o artilheiro argentino Germán Cano, artilheiro isolado da atual edição da Libertadores com 12 gols. Mas a grande dúvida do torcedor tricolor está na equipe titular que o técnico Fenando Diniz mandará a campo.
“Diferente do Almirón [técnico do Boca], vocês terão que imaginar […]. A base de minha estratégia é colocar [em campo] o melhor time para cada jogo. É isso que farei amanhã”, afirmou Fernando Diniz.
Pelas opções que fez até aqui na competição, o treinador pode optar tanto por uma formação com quatro jogadores de frente (Arias, Cano, John Kennedy e Keno) como pode optar pela entrada de mais um volante no lugar de John Kennedy. Desta forma, o Tricolor deve entrar em campo com: Fábio; Samuel Xavier, Nino, Felipe Melo e Marcelo; André, Martinelli (John Kennedy) e Ganso; Arias, Keno e Cano.
Mais finais e seis títulos
Twitter Oficial/CA Boca Juniors

Boca Juniors chega na decisão não vencendo nenhum jogo no mata-mata, eliminando três adversários nos pênaltis
Se o Fluminense busca seu primeiro título na competição continental, o Boca Juniors quer chegar à sua sétima conquista, o que lhe permitiria igualar o Independiente-ARG como clube com maior número de troféus no torneio, com sete conquistas.
Para tentar alcançar este objetivo, os argentinos disputarão a sua 12ª final de Libertadores, a primeira desde 2018. Mas ao contrário do Fluminense, que se notabilizou até aqui na Libertadores pela força ofensiva, o Boca tem como maior virtude a solidez defensiva. Para chegar à decisão, por exemplo, os argentinos empataram todos os confrontos do mata-mata: contra o Nacional-URU nas oitavas, o Racing-ARG nas quartas e o Palmeiras na semifinal, e venceu todos nos pênaltis.
Ao comentar o jogo decisivo com o Fluminense, o técnico Jorge Almirón deixou claro que conhece o estilo de seu adversário: “Acompanho o Fluminense desde o início da Copa Libertadores. É um time que tenta jogar, troca posições e faz isso muito bem. A equipe tem a ideia do treinador muito bem representada em campo, assim como jogadores históricos, que atuaram em grandes times. É uma final e estamos preparados para enfrentar este tipo de jogo”.
A equipe argentina deve iniciar o confronto decisivo com: Romero; Advíncula, Figal, Valentini e Fabra; Medina, G. Fernández, E. Fernández e Valentin Barco; Merentiel e Cavani.