O tropeço na Copa do Mundo ficou para trás e a Seleção Brasileira inicia nesta sexta-feira (7) mais um ciclo, agora visando a competição no Catar, em 2022. Mantido no cargo, mesmo após a queda nas quartas de final na Rússia com a derrota para a Bélgica, o técnico Tite mesclou jogadores experientes com promessas para dois amistosos nos Estados Unidos, começando com os donos da casa em Nova Jérsei e no dia 11, em Washington, contra El Salvador. Mas, se a média histórica de jogadores que se firmam se repetir, poucos devem estar no time daqui a quatro anos.
Na convocação foram chamados 24 jogadores e, destes, 13 jogaram a última Copa do Mundo. Nesta lista estão o goleiro Alisson, os zagueiros Thiago Silva e Marquinhos, os laterais Fágner e Filipe Luís, os meias Casemiro, Fred, Renato Augusto e Phillipe Coutinho e os atacantes Douglas Costa, Neymar, Firmino e Willian. O goleiro Ederson também seria convocado, mas sua chamada foi evitada a pedido do jogador por problemas particulares. Dos chamados, Fágner foi cortado posteriormente por contusão e Renato Augusto, alegando motivos particulares, não se apresentou.
Entre as novidades, jogadores que podem disputar inclusive a próxima Olimpíada, em 2020. Na lista estão os goleiros Hugo, do Flamengo e Neto, do Valência-ESP, os laterais Alex Sandro, do Juventus-ITA e Fabinho, do Liverpool-ING, os zagueiros Dedé, do Cruzeiro e Felipe, do Porto-POR, os meias Andreas Pereira, do Manchester United-ING, Arthur, do Barcelona-ESP e Lucas Paquetá, do Flamengo e os atacantes Éverton, do Grêmio e Pedro, do Fluminense, este último também cortado por contusão em seguida. Para as vagas dos lesionados vieram o lateral Éder Militão, ex-São Paulo e agora no Porto-POR e o atacante Richarlison, do Everton-ING.
Ciclo aberto. Quem fecha?
A sequência desses jogadores vestindo a camisa da Seleção até o Catar é uma incógnita. Historicamente, poucos nomes que abriram o ciclo chegam ao jogo de abertura da Copa do Mundo. Como exemplo a Seleção campeã na Copa do Japão-Coréia do Sul em 2002, apenas o lateral Cafu e o meia Rivaldo foram titulares no primeiro amistoso pós-Copa de 1998 e estavam no time que venceu a Turquia por 2 a 1 quatro anos depois.
Agora, a tendência é que esse número seja maior. Dos 11 titulares que devem começar a partida conta os Estados Unidos, apenas o lateral Fabinho não esteve na Rússia. O time deve ter Alisson no gol; Fabinho, Marquinhos, Thiago Silva e Filipe Luís; Casemiro, Fred e Philippe Coutinho; Douglas Costa, Roberto Firmino e Neymar. Embora ainda falte quatro anos para a próxima Copa do Mundo, a espinha dorsal formada por Alisson, Marquinhos, Casemiro, Philippe Coutinho e Neymar, se não houver nenhum imprevisto, deve seguir nos próximos anos.
A rotatividade de jogadores está prevista no planejamento da Comissão Técnica para os próximos quatro anos. Segundo Edu Gaspar, coordenador de seleções da CBF, os jogadores convocados se encaixam em três grupos. “Dividimos o novo ciclo em três fases. A primeira fase, consideramos curto prazo, a segunda, médio prazo, a terceira longo prazo. Entendemos que o curto prazo, as convocações terão leque maior de observação para potencializar a equipe para a Copa América. Curto prazo estimo até janeiro. O médio prazo consideramos do final de dezembro até a Copa América, já com menos observações. Da Copa América em diante, já consideramos longo prazo”, disse logo após a convocação para os amistosos.
Além dos Estados Unidos e El Salvador, a Seleção Brasileira espera a confirmação de amistosos na Arábia Saudita em outubro contra os sauditas e a Argentina e dois amistosos em novembro na Europa contra adversário ainda não confirmados. Em março, na primeira data FIFA do próximo ano, mais dois amistosos. Ao todo, o Brasil deve realizar de oito a dez partidas antes de sediar a Copa América de 2019.