As potencialidades e os desafios da fruticultura no Mato Grosso do Sul foram discutidas na Expo-MS Industrial pelo coordenador da câmara setorial de fruticultura, Paulo Roberto de Lima Nery. Ele abriu a palestra explicando que conhecer os detalhes do assunto permitem elevar a qualidade de informações essenciais para a tomada de decisões e a formulação de políticas públicas mais eficientes.
De acordo com Paulo Nery, o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas, só sendo superado pela China e a índia. Segundo ele o setor da fruticultura está entre os principais geradores de renda, emprego e desenvolvimento do agronegócio regional. “A fruticultura gera oportunidades de trabalho na razão de dois a cinco trabalhadores para cada hectare cultivado”, afirmou.
Ele ainda relacionou as principais frutas exportadas pelo Brasil, como sendo, a uva, melão, limão, maçã e abacaxi. Sendo que processados estão: o suco de laranja em primeiro lugar, logo em seguida os sucos de maçã e o de uva. “São Paulo é o maior produtor de laranja (79,7%), caqui (50,8%), goiaba (35,9%), limão (79%) e tangerina (44,4%), banana (16,9%) e uva (15,5%)”, discriminou.
Em Mato Grosso do Sul, de acordo com Nery, os dez primeiros municípios produtores de frutas são respectivamente: Dois Irmãos do Buriti, Terenos, Campo Grande, Ribas do Rio Pardo, Jaraguari, Pedro Gomes, Rio Verde, Três Lagoas, Eldorado e Ivinhema. “Em 2007 o Brasil exportou 49.064.798 toneladas e Mato Grosso do Sul participou com 12,41% desse volume, ou seja, exportamos 6.088.588 toneladas”, contabilizou.
Desafios
De acordo com o coordenador da câmara setorial da fruticultura, em Mato Grosso do Sul, os principais desafios a ser vencidos pelo setor são: legislação, capacitação de recursos humanos, marketing, logística (transporte e embalagem), pesquisa e crédito.
“Para enfrentar estes desafios nós precisamos capacitar os agricultores com técnicas apropriadas ao sistema de produção e manejo; treinar técnicos para a difusão de tecnologias e de extensão, qualificar mão-de-obra e promover cursos de gestão de negócio agrícola e mercadológico”, avaliou.
Ele revelou ainda que é preciso implantar estratégias de marketing, logística, crédito e principalmente fazer pesquisa. “Sem pesquisa não se vai muito longe na fruticultura”, ponderou Paulo Nery acrescentando que vários incentivos estão sendo implementados. “Parcerias entre os agentes públicos, e os agentes da iniciativa privada, especialmente de associações e cooperativas”, completou.
Paulo Nery finalizou explicando que a câmara setorial da fruticultura realiza ações nas áreas de pesquisa, assistência técnica e extensão rural, mercado, defesa sanitária vegetal e crédito. “Estamos promovendo a organização estrutural da cadeia produtiva frutícula, criando e desenvolvendo uma rede de pesquisas direcionada para a fruticultura local, estimulando a criação de uma agência de negócios para a promoção e a comercialização de frutas e apoiando à implantação de agroindústrias”, finalizou. (Com informações da Assessoria Fiems)