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Internacional Terça-feira, 26 de Abril de 2011, 12:27 - A | A

Terça-feira, 26 de Abril de 2011, 12h:27 - A | A

Tropas pró-Kadhafi bombardeiam porto da cidade líbia de Misrata

Da Redação (JO)

As forças leais ao ditador Muammar Kadhafi atacaram nesta terça-feira (26) o porto da cidade rebelde líbia de Misrata, ferindo refugiados africanos e obrigando um barco humanitário a se afastar do litoral, segundo um jornalista da France Presse.

Os rebeldes líbios anunciaram na véspera que haviam expulsaram as tropas de Kadhafi para a periferia da cidade, cenário de combates nos últimos dois meses, no mesmo dia em que a Otan proferiu um golpe simbólico ao líder da Libia, destruindo seus escritórios em Trípoli.

Vários chefes de grupos combatentes de Misrata, a 200 km a leste de Trípoli, declararam que as forças governamentais, alvo de ataques há dois dias, haviam se retirado da cidade, estando nos bairros periféricos.

"Houve confrontos no limite oeste. Restam alguns soldados escondidos na cidade, que têm medo de serem mortos, mas já não existem mais grupos de militares", precisou um dos chefes.

Depois de violentos combates e bombardeios, que causaram pelo menos 55 mortos e mais de 200 feridos, entre sábado e domingo, Misrata vive uma certa calma desde a manhã desta segunda-feira.

Sobre algumas zonas residenciais da cidade, caem esporadicamente alguns foguetes e morteiros, que causaram pelo menos nove vítimas civis mas, segundo um correspondente da AFP, não se ouviam ruídos de combates.

O médico Mohamed Alfagieh disse que havia "corpos carbonizados", encontrando-se, também, morteiros de 155 mm entre os restos de algumas casas.

Os rebeldes dizem ter "limpado" o bairro central de Zuabi.

Em uma mesquita, um muezim entoava "Deus é grande, é meu único guia".

"Reza há horas para acalmar as pessoas", explicou à AFP Seilam Naas, um morador de 55 anos, que perdeu dois primos em 48 horas, um em mãos de franco-atiradores e o outro, por um tiro de morteiro.

Nos bairros controlados antes pelos pró-Kadhafi, o avanço dos rebeldes permitiu liberar moradores, alguns dos quais permaneceram trancados em casa durante semanas, devido aos franco-atiradores.

(Fonte: G1)

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