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Meio Ambiente Quarta-feira, 28 de Novembro de 2012, 11:55 - A | A

Quarta-feira, 28 de Novembro de 2012, 11h:55 - A | A

Justiça suspende liminar e prefeito acompanha primeiro dia de atividade no novo aterro

Fernanda Kintschner - Capital News (www.capitalnews.com.br)

A Justiça revogou a decisão de paralisação das obras no lixão e atividade no aterro sanitário de Campo Grande nesta terça-feira (27). A A juíza federal Ana Lya Ferraz
da Gama Ferreira reconsiderou a decisão após verificar os documentos reunidos pela prefeitura e a partir de hoje, o lixo coletado na capital começou a ser despejado no local.

O prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) esteve no local para acompanhar a ação da empresa Solurb e disse que a prefeitura mandou novo documento da Funasa  (Fundação Nacional de Saúde) atestando que o aterro está 100% pronto e em condições de funcionamento, já que a suspensão das atividades foi motivada pelo  documento anterior que alegava que apenas parte do aterro estava pronto. Fato este que fez com que o Mnistério Público pedisse o cancelamento das atividades.

“Este é um momento histórico em que estamos mostrando para a sociedade que estamos resolvendo o problema do lixo em Campo Grande. São 750 toneladas produzidas por dia e neste novo aterro, que tem a capacidade de mínimo 10 anos”, explicou o prefeito.

Ele esclareceu também que com o fim desse empasse o pagamento da última parcela da obra do aterro poderá ser feita. Apesar da liberação da atividade no novo aterro, a Justiça manteve o bloqueio das contas, pois os contratos referentes à construção e operação do aterro sanitário seguem em análise.

No novo laudo consta a lagoa em que o líquido da decomposição do lixo, o chorume, do novo aterro será despejado também já está pronta para operar e colaborar no tratamento do chorume pela Estação de Tratamento de Esgoto do Jardim Los Angeles, operado pela Águas Guariroba.

O prefeito também reafirmou que neste novo aterro não será permitida a entrada dos catadores, haja visto que eles estão passando por um processo de capacitação enquanto a usina de reciclagem, em construção na frente do atual lixão, não começa a operar.

Segundo a prefeitura foram cadastrados 290 trabalhadores, dos quais 70 já passaram por um curso de capacitação, estão integrados à cooperativa e desenvolvendo suas atividades, provisoriamente, no eco-ponto instalado às margens do macroanel rodoviário, região das Moreninhas.

“A entrega da usina de reciclagem será no mesmo dia em que fecharemos o lixão para que os catadores não fiquem sem trabalhar, mas nesse novo aterro não será permitido a entrada de ninguém por o lixo que é jogado aqui será enterrado, que é a forma correta de lidar com o lixo orgânico”, afirmou o prefeito. A promessa é que o fechamento do lixão aconteça antes do Natal.

Para uma próxima etapa, Nelsinho espera que usinas de compostagem possam adquirir parte do lixo orgânico que será despejado por lá, para aumentar ainda mais o tempo de vida do novo aterro. Ele também explicou que com a coleta seletiva há uma diminuição de 40% de todo o lixo que iria parar no aterro e este número pretende aumentar com a ampliação da coleta em 100% da cidade.

Atualmente, a coleta seletiva só atende aos bairros São Lourenço, Carandá, Autonomista, Santa Fé, Veraneio, Chácara Cachoeira, Bela Vista, Tiradentes, TV Morena, Vilas Boas e Vila Carlota. Os outros bairros contam com os LEVs (Local de Entrega Voluntária), ou Ecopontos, podem ser conferidos no site: www.campogranderecicla.com.br.

De acordo com o cronograma de investimento dos R$ 32,milhões que a Solurb deverá investir se estenderá por seis anos. Estão computados R$ 3 milhões na compra de equipamentos da usina de triagem do lixo reciclável que será gerida pela cooperativa dos catadores; recomposição vegetal e urbanização da área do lixão que será desativado em dezembro (R$ 6,5 milhões); conclusão do aterro Dom Antonio Barbosa 2, R$ 5,1 milhões , implantação do novo aterro Ereguaçu (que ficará a 3 km do atual), R$ 16,6 milhões.

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