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Nacional Segunda-feira, 24 de Novembro de 2008, 13:58 - A | A

Segunda-feira, 24 de Novembro de 2008, 13h:58 - A | A

Já são 44 os mortos pela chuva em SC

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

Já passa de 20 mil o número de pessoas que tiveram que deixar suas casas em Santa Catarina, por causa da chuva que atinge o estado. A informação foi dada pela Defesa Civil, no início da tarde desta segunda-feira (24). Quarenta e quatro pessoas morreram. A maioria delas, em Blumenau (13). Também foram registrados óbitos em Brusque (1), Gaspar (1), Jaraguá do Sul (6), Pomerode (1), Bom Jardim da Serra (1), Luiz Alves (4), Rancho Queimado (2), Ilhota (9), Benedito Novo (2) e Rodeio (4). 

A Defesa Civil chegou a informar que o número de mortes havia chegado a 46, mas, depois, informaram que houve uma "falha técnica". Municípios haviam repassado dados incorretos. A companhia de energia informou que 160 mil pessoas estão sem energia elétrica. O abastecimento de água teve de ser cortado em algumas cidades. A água invadiu supermercados, bancos e escolas. Aulas foram suspensas.  A Defesa Civil diz que o abastecimento de gás está interrompido em Guaramirim, até o Rio Grande do Sul, devido à ruptura de tubo de gás da TBG entre Luiz Alves e Blumenau.   Quatro municípios estão isolados. São eles: Rio dos Cedros, Pomerode, Itapoá e Benedito Novo. 

Ainda de acordo com a Defesa Civil, pelo menos 20 trechos de rodovias federais foram afetados por deslizamentos e alagamentos. A BR-280 teve o trânsito impedido em dois trechos: nos quilômetros 69 e 73. Já a BR-376 está fechada na divisa com o Paraná. Também há problemas nas rodovias estaduais. A SC-470, por exemplo, tem vários trechos com o trânsito interrompido. Na altura do quilômetro 15, o nível da água chega a um metro de altura.

Calamidade pública

O prefeito de Blumenau, João Paulo Kleinübing, decretou calamidade pública na noite de domingo (23). O nível do Rio Itajaí-Açu chegou à marca de 11,52 metros no centro da cidade. A expectativa, para esta segunda-feira (24), é pela chegada de 1 mil colchões, encomendados do Rio Grande do Sul, e dez botes a motor enviados do Paraná pelo Exército. O prédio da prefeitura está fechado. 

Em Balneário Camboriú, um desmoronamento atingiu duas alas e a cozinha de um hospital. Os pacientes foram removidos para outros setores.  Joinville também ficou debaixo d'água. Mais de 2 mil pessoas tiveram que deixar suas casas no município. Escolas foram atingidas pelas enchentes e aulas tiveram que ser suspensas.
Em Gaspar, ainda de acordo com a Defesa Civil, 600 turistas estão isolados em um parque aquático, porque os acessos ao local foram interditados por queda de barreiras.

Recomendações

A Defesa Civil orienta a população a evitar andar de carro pelas regiões afetadas. Muitos pontos de rodovias estaduais e federais foram interditados e é recomendável evitar deslocamentos longos. Outra preocupação é com as pontes, que devem passar por avaliação que vai verificar a segurança de cada estrutura. “O trânsito em pontes, que ficaram alagadas pela chuva, mesmo após a diminuição do nível das águas, deve ser evitado”, diz o diretor estadual de Defesa Civil, major Márcio Luiz Alves.

Os moradores de áreas de risco devem estar atentos aos sinais de deslizamento, como ruídos estranhos, declínio de árvores, movimentação do solo ou rachaduras. Nos imóveis que ficaram alagados, não deve haver consumo dos alimentos que tiveram contato com a água.

Quem está sem energia elétrica deve evitar acender velas perto de cortinas e janelas abertas. O fogo deve ser apagado na hora de dormir e o gás de cozinha, desligado.  Quem teve a residência danificada deve providenciar os reparos junto a pessoas especializadas, para evitar acidentes. (Com informações do G1)

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