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Opinião Domingo, 28 de Novembro de 2021, 07:00 - A | A

Domingo, 28 de Novembro de 2021, 07h:00 - A | A

Opinião

Alfabetização em tempos de pandemia e aulas de reforço: o que apresentam e o que efetuam os pedagogos(as)?

Por Maria Veneri Lopes*

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RESUMO
Com o fechamento das escolas devido à pandemia de covid-19, e a indefinição sobre o reinício  das  aulas  presenciais  em  2020,  muitos  pais  se  viram  desafiados  a  encontrar  novos caminhos para o ensino-aprendizagem de seus filhos. Diante disso, o presente artigo trata da concepção da alfabetização através da consciência fonológica e fonêmica, isto é, letra e sons no intuito de desenvolver melhor uma prática pedagógica, visando uma alfabetização significativa. O trabalho visa refletir e analisar as concepções e procedimentos de ensino e aprendizagem da leitura  e  sua  relação  com  a  escrita  a  partir  da  teoria  e  prática  no  ensino  do  processo  de alfabetização com bases em evidências científicas.  Para a fundamentação do texto, utilizou-se a visão de autores que conhecem bem o assunto e servirá como suporte para a apropriação das ideias, tais como BRITES (2020,2021),) Soares (2016) além de outros que serão os norteadores nessa construção dos dados obtidos nas leituras realizadas e no aprendizado adquirido durante a realização desse trabalho.
Palavras-chave: Alfabetização. Consciência Fonológica. Habilidade de leitura


ABSTRACT
With the closing of schools due to the covid-19 pandemic, and the uncertainty regarding the resumption of classroom classes in 2020, many parents were challenged to find new paths for their  children's teaching and learning. Therefore, this article deals  with the conception of literacy  through  phonological  and  phonemic  awareness,  that  is,  letter  and  sounds  in  order  to better develop a pedagogical practice, aiming at a significant literacy. The work aims to reflect and analyze the conceptions and procedures of teaching and learning reading and its relationship with writing based on theory and practice in teaching the literacy process based on scientific evidence. To substantiate the text, we used the view of authors who know the subject well and will serve as support for the appropriation of ideas, such as BRITES (2020, 2021),) Soares (2016) and others who will guide this construction of the data obtained in the readings performed and in the learning acquired during the performance of this work.

Keywords: Literacy. Phonological Awareness. reading ability.


INTRODUÇÃO
O maior estudo sobre educação do mundo, o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes  (Pisa),  apontou  que  o  Brasil  tem  baixa  proficiência  em  leitura,  matemática  e ciências,  se  comparado  com  outros  78  países  que  participaram  da  avaliação  na  edição  de  2018.O estudo revela que 68,1% dos estudantes brasileiros, com 15 anos de idade, não possuem nível  básico  de  matemática,  o  mínimo  para  o  exercício  pleno  da  cidadania.  Em  ciências,  o número chega a 55% e, em leitura, 50%. Os índices estão estagnados desde 2009.

Divulgação

Maria Veneri Lopes - Artigo

Maria Veneri Lopes

 

Devemos  considerar  o  que  as  pesquisas  pautadas  em  evidências  cientificas  discutem sobre os métodos de alfabetização das crianças e adolescentes.


Embasada no (PROLEIA 2020), Programa de Leitura, Escrita, Interpretação e Aprendizagem  do  Instituto  NeuroSaber  Londrina-PA,  o  qual  tem  um  material  relevante,  que possibilita ao estudante a apropriação da leitura e da escrita, de forma competente e sistematizada.

 

Considerando  que  o  ato  de  ler  é  desenvolvido  durante  toda  a  vida  do  indivíduo  e  se processa de modo formal  a partir da alfabetização, faço uso do material  na ministração das aulas  de  maneira  significativa  pois  o  educador  precisa  dispor  de  estratégias  de  leitura  que venham  contribuir  para  que  o  aluno  desperte  em  si  o  desejo  de  ler  em  decorrência  de  um conhecimento significativo.. E nesse contexto, a preparação para a aprendizagem efetiva do ato de ler deve partir da consciência fonológica e da consciência fonêmica por se tratar do melhor preditor da leitura e da escrita em sistemas alfabéticos. O estudo é embasado nos conhecimentos adquiridos e sustentado por autores que tão bem conhecem o assunto.

 

BRITES (2020), o processo de alfabetização é instrumentalizar o aluno através de letra-som. É descobrir o código alfabético de um modo, a correlacionar  a organização  em sílabas, palavras,  frases  e  textos  e  extrair  a  pronúncia  e  o  sentido  de  uma  palavra  a  partir  de  sinais gráficos. Um dos erros mais comuns no processo de alfabetização é achar que devemos ensinar a letra primeiro para que as crianças aprendam a ler e escrever.

 

De  acordo  com  a  autora  a  letra  é  importante,  mas  antes  da  letra,  um  dos  passos fundamentais  para  o  processo  de  estimulação  para  as  habilidades  de  leitura  e  escrita  é  a estimulação da consciência fonológica. A consciência fonológica é a percepção da sonoridade das  palavras.  LARSON  YOPP  (1995),  a  consciência  fonológica  passou  a  ser  vista  como  uma “constelação”, isto é, um conjunto de habilidades que permitem ao ser humano operar metafonologicamente sobre segmentos orais das palavras como sílabas, rimas e fonemas. SOARES  (2016),  a  importância  do  desenvolvimento  da  consciência  fonológica  e  da  atenção aos  traços  que  compõem  as  letras  para  o  seu  reconhecimento,  sobre  a  relevância  de  saber  a ordem  alfabética,  considerando  o  contexto  sociocultural,  no  qual  essa  ordem  é  bastante utilizada.  Tudo  isso  para  chegar  ao  objetivo  principal:  relacionar  letras  com  os  fonemas  que representam.


Considerando todos esses apontamentos, torna-se urgente e relevante que o professor da Educação Infantil e das séries iniciais façam uso de maneira significativa, de todo o conhecimento adquirido pelas pesquisas cientificas. De acordo com as pesquisas  existem várias habilidades essenciais para  se trabalhar a alfabetização nestes primeiros anos que pavimentam o caminho para o sucesso. Dentre tais habilidades, considera-se de fundamental importância a Consciência Fonológica, consciência fonêmica, vocabulário, percepção visual e narrativa, para florescer durante o desenvolvimento da alfabetização.


O propósito deste estudo, é relatar a experiência de aula de reforço, numa turma de oito alunos,  em  diferentes  níveis  de  idade,  porém,  nenhum  sabia  ler,  alguns,  estavam  apenas passando de ano sem os conhecimentos da leitura.


Os  oito  estudantes  tinham  entre  6  e  12  anos  sendo  três  meninas  e  cinco  meninos. Alicerçado na prática de vários anos em sala de aula e no conhecimento do PROLEIA, curso a cima citado, as crianças estão agora alfabetizadas. Aprender a ler exige que a criança possa dar sentido àquilo que se pede que ela faça, que disponha de instrumentos cognitivos para fazê-lo e que tenha ao seu alcance a ajuda insubstituível do professor, a fim de que possa transformar em um desafio envolvente.


O presente estudo, revelou também que a realidade atual vem afastando cada vez mais nossos alunos do ato de ler. Aspectos como computadores, videogames, TV, o acesso restrito a leitura no núcleo familiar, e a falta de incentivo, têm ocasionado pouco interesse para leitura e por  consequência  dificuldades  marcantes  que  sentimos  na  escola:  vocabulário  precário, reduzido e informal, dificuldade de compreensão, erros ortográficos, poucas produções significativas dos alunos e conhecimentos restritos aos conteúdos escolares.


O  objetivo  geral  deste  trabalho,  é  verificar  e  assegurar  aos  alunos  o  sucesso  escolar, através de  uma educação construtiva, o qual ajude as crianças  a desenvolver a leitura, a escrita, a comunicação, as ideias e os pensamentos, utilizando intervenções pedagógicas, contidas em uma estrutura que respeite o desenvolvimento e as diferenças e  proporcione mais proficiência no desempenho das mesmas. Como objetivos adicionais buscou-se: I) oferecer suporte material e metodológico aos estudantes; II)Verificar a viabilidade de implementação de estimulação de consciência fonológica e fonêmica; III) Promover o desenvolvimento do vocabulário, favorecendo a estabilização de formas ortográficas; IV) Despertar o prazer da leitura e aguçar o  potencial  cognitivo  e  criativo  do  aluno;  V)  Oferecer  atividades  pedagógicas  com  foco  no desenvolvimento da leitura e escrita. VI) analisar as relações entre o rendimento em habilidades de consciência fonológica, fonêmica e o desempenho revelado na leitura de palavras, de frases e texto.


Deve-se ater ao fato de que as dificuldades de ensinar a ler e escrever existe, porém tem-se  que  burlar  tais  empecilhos  para  oferecer  ao  educando  uma  aprendizagem  condizente  com suas necessidades e que o permita usar a leitura e a escrita em seu cotidiano. Assim, o papel do professor como mediador entre a leitura e o aluno torna-se cada vez mais importante, uma vez que  sua  participação  no  processo  de  desenvolvimento  da  criança  influencia  na  formação  do gosto pela leitura.


METODOLOGIA
Os  educadores  detêm  o  conhecimento,  sendo  preciso  usar  diferentes  estratégias (metodologias) para alcançar os objetivos propostos, pois os educandos ao serem alfabetizados se diferenciam na largada no que se refere ao tempo e espaço. Na etapa inicial da escolarização o aluno está aprendendo a ler: a prioridade, a atenção e o esforço se concentram em quebrar, decifrar o código alfabético, entender o que significam os sinais gráficos, e que palavras querem representar, esta é a etapa do aprender a ler. Na segunda etapa o aluno já decodifica as palavras sem esforço e é capaz de lê-las com fluência.


O especialista em alfabetização, Doutor em Desenvolvimento da Cognição, Psicolinguística e professor emérito da Universidade Livre de Bruxelas fala:


Aos cinco, seis anos, a criança está pronta para a alfabetização no nível básico. E para um código alfabético como o português, a criança deve estar alfabetizada ao fim do primeiro ano  do  Ensino  Fundamental,  ou  seja,  após  um  ano  ela  deve  se  tornar  uma  decodificadora autônoma. Isso, claro, se o ensino for bom e se utilizar o método fônico (alfaebeto.org.br/2017/08entrevista-MORAIS)


Vive-se um processo de grandes alterações nos conceitos voltados ao ensino inicial da leitura e escrita. Por isso é necessário ensinar a decifrar o sistema de escrita, associando sons e letras  na  aprendizagem  inicial  e  posteriormente  assegurar  as  esses  educandos  que  utilizem  a escrita  e a leitura em situações sociais.  


Para a eficácia da leitura desses oitos estudantes, contei com o apoio dos pais, que não mediram  esforços  para  xerocar  o  livro  de  alfabetização,  intitulado  PROLEIA:  Programa  de Leitura,  Escrita,  Interpretação  e  Aprendizagem.  Luciana  Brites  –  Londrina  (PR)  Editora NeuroSaber,2020. O programa está dividido em dois volumes: o primeiro, apresenta as formas regulares  dos  sons  das  letras  do  alfabeto.  O  segundo  volume,  trabalha  os  sons  irregulares  e
sílabas complexas. Ao final do primeiro volume, as crianças já leem palavras e frases simples e ao terminar o volume dois, estão aptas a ler e a escrever. Assim, buscou-se o enfrentamento e a eficácia do problema da leitura desses oito estudantes que estão alfabetizados. A alfabetização na quarentena se tornou mais desafiadora por ocorrer fora do ambiente escolar. Só que, apesar disso, o processo permanece sendo possível e com êxito, como o estudo revela.  


Utilizar recursos lúdicos e ferramentas descomplicadas faz com que aprender se torne um processo mais simples. Afinal, aprender brincando é uma ótima forma de instigar os pequenos, que ficarão mais comprometidos e engajados.


Faz-se  necessário  buscar  alternativas,  que  nos  conscientize  enquanto  educadores, da enorme  responsabilidade  diante  da  importância  da  leitura  para  a  vida  individual,  social  e cultural do ser humano.


Para  facilitar  a  formação  de  leitores,  é  necessário  que  o  professor  se  apresente  como leitor, atualizado  e participante. É fundamental que os alunos vejam seu  professor  envolvido com a leitura e com o que se conquista através dela. Observar um professor seduzido pela leitura pode despertar o desejo de fazer o mesmo. Mostrar a importância da leitura no desenvolvimento intelectual, crítico e criativo do educando, será relevante.


CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS PARTICIPANTES
Os  estudantes  foram  2  crianças  do  Ensino  Infantil,  1  terminando  o  1º  ano,  1 no 3ºano, 2 no 4º ano das séries iniciais e 1 do 6º ano do ensino Fundamental  II, que não  sabiam  ler,  mas  todos  estavam  matriculados  numa  escola  da rede pública de um município de Ouricuri Pernambuco.


A pandemia impactou diretamente na rotina de estudantes de diversas idades. Os que estão no início de sua trajetória escolar encontraram, além das dificuldades já conhecidas desse momento,  os  desafios  de  dar  o  primeiro  passo  na  alfabetização  em  meio  à  instabilidade  das aulas presenciais e o ensino mediado por telas. Alguns pais me solicitaram para alfabetizar seus filhos e foi justamente por perceber essas dificuldades desses alunos que iniciei um projeto de aulas de reforço para estudantes de séries iniciais que ainda não sabem ler para auxiliar nesse processo de alfabetização.

 

Atende-se um aluno por vez, uma hora e meia de aula sendo três dias na semana. A sala é higienizada cada vez que um aluno sai. Faço um diagnóstico de cada aluno que chega, vejo as demandas que aquela  criança tem, e, dentro dessas dificuldades, crio um planejamento de médio ou curto prazo. Ajudo no momento de dificuldade e a criança se alfabetiza e segue em frente.  A  alfabetização  precisa  ter  uma  pessoa  ao  lado,  construindo  aquele  conhecimento compartilhado.


Esperamos  que  este  trabalho    possa  contribuir  para,  além  de  aumentar  o  número  de pesquisas  sobre  o  tema,  promover  reflexões  sobre  a  necessidade  de  compreendermos  como
ocorrem os processos de ensino e aprendizagem da leitura e da escrita em uma sala de aula ou
fora  dela,    de  crianças  que  estão  em  idade  de  se  alfabetizar  ou  mesmo  aquelas  que  não
conseguiram ser alfabetizadas dentro de sua faixa etária de idade.


AVALIAÇÃO
A avaliação feita neste estudo de aulas de reforço durante a   pandemia de COVID- 19, tem  o  mesmo  objetivo  previsto  nos  anos  sem  pandemia,  funcionando  como  um  termômetro, que identifica em que a criança precisa melhorar e cria atividades personalizadas para garantir o  sucesso  escolar.  Acompanha  a  evolução  da  criança,  monitorando  seu  progresso  e  gerando
novas  atividades.  O  material  utilizado  nas  aulas  desses  oito  estudantes,  são  dois  livros ilustrados,  com  um  design  exclusivo,  desenvolvido  para  estimular  as  crianças  e  destravar  o
processo de alfabetização, unindo teoria e prática consagradas por pesquisas.
 
CONSIDERAÇÔES FINAIS
Finaliza-se essas discussões ressaltando a alfabetização como um dos processos mais importantes e fundamentais no itinerário formativo dos educandos; e devido a isso é imprescindível que os docentes que atuam nesse processo reconheçam a importância do estudo e da formação continuada, pois é impossível atuar, seja em qualquer esfera, sem os conhecimentos suficientes acerca do objeto que se almeja.


Considerando o contexto atual da educação é um grande desafio para o professor e para a escola de maneira geral, organizar o trabalho pedagógico de modo que contemple ao mesmo tempo os aspectos relacionados a apropriação do sistema de escrita e o uso social da leitura e da escrita. Porém a escola não pode se eximir de seu compromisso de proporcionar aos alunos uma educação de qualidade que lhes é de direito.


FREIRE (2003), afirma que “a leitura do mundo precede sempre à leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquele’’.

 

Quando há compreensão efetiva do que essa concepção de leitura promove e o professor acredita na mesma, a teoria se efetiva na prática, o professor terá, então, uma postura adequada à mesma.


A alfabetização exige do educador conhecimentos teóricos que lhe forneçam subsídios para refletir sobre sua prática, a fim de melhorá-la.  


As  temáticas  aqui  tratadas  não  tiveram  por  objetivo  esgotar  as  discussões,  isso  seria impossível  dada  a  complexidade  dos  conteúdos.  Contudo  se  espera    que  este  material  possa
alavancar  a  busca  por  novos  conhecimentos  e  aperfeiçoamento  das  práticas  de  alfabetização
dos educadores e futuros educadores.


Para  o  enfrentamento  dessa  problemática  da  leitura,  os  itens  que  foram  analisados  e aplicados  com  os  estudantes  desse  trabalho,  foram  o  material  do  PROLEIA-  Programa  de Leitura, Escrita, Interpretação e Aprendizagem, como também, a contribuição, a sequenciação, o acompanhamento e conhecimento que a professora pesquisadora oferece aos alunos. O estudo comprova  que  unindo  esses  fatores  mencionados  sua  eficácia  efetivamente  traz  resultados positivos no processo ensino aprendizagem da leitura. ‘’O educador se eterniza em cada ser que ele educa’ ’já dizia. Paulo Freire.


 Ser professor é compartilhar conhecimento, propagar informação, fazer o outro crescer mostrando o melhor caminho para uma aprendizagem significativa na vida do estudante. Nesse sentido,    Carmo  e  Chaves  (2001),  Pesquisar  um  caso  de  prática  docente  bem-sucedida  trouxe indicadores  que  podem  auxiliar  outras  práticas  alfabetizadoras,  bem  como  mostrou-nos  que  existem caminhos realizáveis dentro da docência em que o professor tem possibilidades de se apropriar de seus saberes,  tanto  os  de  formação  quanto  os  de  experiência,  formando  concepções  de  aprendizagem  que buscam o crescimento pleno dos alunos.
 
Dessa forma, a escola que não desenvolve uma prática de leitura com seus alunos não dá  a  oportunidade  de  leitura  pode  cair  no  fracasso.  (BRITES,  2021  p.128),  Um  docente  que busca embasar sua prática na ciência se sente mais seguro daquilo que está propondo aos alunos, pois  sabe  o  que  está  por  trás  de  cada  pessoa:  essa  segurança  pode  lhe  conferir  autoridade  e reconhecimento.


Buscou-se  com  esse  trabalho  levantar  reflexões  acerca  das  concepções  de  leitura, pontuar questões sobre o encaminhamento pedagógico da mesma, além de discutir possibilidades  do  trabalho  docente  capazes  de  permitir  o  encontro  do  aluno  com  atividades prazerosas  de leitura que lhe despertem o prazer de ler, instiguem a imaginação e favoreçam a compreensão da realidade e da cultura que o circundam como prática.


O  estudo  também  mostra,  que  nossos  educandos  ainda  confiam  no  nosso  trabalho enquanto  professor,    esta  confiança  ainda  é  a  mola  propulsora  que  faz  com  que  milhares  de profissionais  de  educação,  deixem  suas  casas  diariamente,  com  garra,  compromisso  e  amor, para  ir  às  unidades  educacionais  ou  remotamente,  no  caso  dos  anos  de  PANDEMIA,  para exercer  a  arte  de  ser  Professor  e  Professora.  É  esta  confiança  de  pais  e  educandos  que  nos vivificam efetivamente a desempenhar nossos papéis de agentes transformadores.


Enfim, espera-se que essa discussão possa provocar um olhar e um refletir sobre a ação da escola, sobre seu compromisso. Que eles abram perspectivas de interação sobre a atividade de  ensinar  e  encaminhem  efetivamente  ações  de  sucesso  na  escola,  oportunizando  a  nossos alunos construir sentido e produzir conhecimento através da leitura.

 

 

*Maria Veneri Lopes

Pós-graduada em Psicopedagogia pela Faculdade de Formação de Professores de Petrolina- FFPP, professora aposentada do Munícipio de Ouricuri, estado de Pernambuco e adepta do  PROLEIA-  Programa de  Leitura,  Escrita,  Interpretação  e  Aprendizagem do Instituto NeuroSaber Londrina-PA. EMAIL: [email protected]
Tel.(87) 9-9991-5518

 

 

Referências
BRITES,  Luciana  PROLEIA-  Programa  de  Leitura,  Escrita  e  Aprendizagem.  Londrina,
(PA) NeuroSaber,2020.

BRITES,  Luciana.  Educação  Baseada  em  Evidências:  O  que  todo  professor  precisa
saber/Luciana Brites e Roselaine Pontes de Almeida Londrina, (PA) NeuroSaber,2021.

CARMO, Elisabete Regina; Chaves, Eneida Maria. Análise das concepções de aprendizagem de uma alfabetizadora bem-sucedida. Cadernos de Pesquisa. São Paulo, n. 114, novembro de 2001, página 121-136.  

_____________. Da leitura do mundo à leitura da palavra. Leitura: teoria e prática. Porto
Alegre: Mercado Aberto, nov. 1982.

LARSON, K .; YOPP, H. A estrutura da consciência fonológica.
Petrópolis: Vozes, 1995.

MORAIS, A. G. Consciência Fonológica na Educação Infantil e no Ciclo de Alfabetização.
Belo Horizonte: Autêntica, 2019.


SOARES, M. B. Alfabetização: a questão dos métodos. São Paulo: Contexto, 2016.
https://www.ufsj.edu.br/portal2repositorio/File/mestradoeducacao/Dissertacao%20Maricea%20do%20Sacramento%20Santos.pdf; Acesso em: 06/09/2021.


https://www.alfaebeto.org.br/2017/08/24/entrevista-jose-morais/acessado  em  06  de  maio  de 2021.


https://fofuuu.com/blog/habilidades-alfabetizacao-criancas/acessado em 07 de maio de
2021.


https://desafiosdaeducacao.grupoa.com.br/alfabetizacao-letramento/acesso  em  06  de  junho de 2021.


https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2017/27083_13775.pdf acessado em 05 de julho de 2021.

 

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