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Opinião Terça-feira, 08 de Outubro de 2019, 13:02 - A | A

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Atenção

Ciberataque: como a clonagem de cartões tem crescido no Brasil

As máquinas de leitura de cartões podem estar infectadas

Da Redação
Capital News

Reprodução

Ciberataque: como a clonagem de cartões tem crescido no Brasil

 

O Brasil é líder no uso de tecnologias digitais para o hackeamento de cartões de crédito e débito. Isso somado ao crescimento no uso de cartões previsto para 2019 — a expectativa da Abecs é que o volume de transações cresça 16%, atingindo 1,8 trilhões de reais —, cria um cenário bastante alarmante para o consumidor e atraente para o criminoso.

A empresa de pesquisa de segurança cibernética Fortinet mostra como os ataques ocorrem geralmente. Os criminosos criam sites maliciosos que usuários incautos clicam e inadvertidamente entregam suas senhas e números de cartão aos criminosos, que os usarão para invadir as contas bancárias e de crédito dos usuários.

O volume de artefatos maliciosos e de phishing (prática que busca obter dados pessoais a partir do envio de mensagens falsas) no Brasil está em ascensão, disse a empresa, observando que a taxa de crescimento no país foi várias vezes maior que no resto do mundo. O maior percentual de crescimento foi na categoria de URL mal-intencionado, com 83%, comparado a 16% no resto do mundo.

Fraude de URL envolve páginas da web que se parecem com sites legítimos online, mas que roubam o dinheiro que os consumidores acham que estão direcionando para compras ou pagamentos. Também acontece em sites de empréstimo, por isso, é importante procurar um credor idôneo na hora de realizar um — clique aqui para saber mais. Em um apêndice, a Fortinet alertou que o combate ao cibercrime está baixo na lista de prioridades de segurança para as autoridades brasileiras, mesmo com a aprovação da recente LGPD — Lei Geral de Proteção de Dados.

Clonagem de cartões

A pirataria se tornou um problema tão grande no Brasil que o Departamento de Segurança Diplomática do Departamento de Estado avisa sobre isso em seu site. O uso de dispositivos de clonagem de cartão de crédito e interceptação de radiofrequência em restaurantes, bares e áreas públicas é epidêmico no Rio, alertou o Conselho Consultivo de Segurança Ultramarina do departamento em um relatório publicado em seu site.

A Trend Micro, empresa de segurança de TI com sede em Dallas, estudou o mercado de ciber-roubo do submundo no Brasil e concluiu que grande parte da clonagem de cartões acontece quando hackers conseguem comprometer as máquinas de ponto de venda portáteis populares em restaurantes e lojas daqui.

As máquinas de leitura de cartões são levadas para a mesa do restaurante quando a conta é paga e, após a leitura do chip, o portador do cartão deve inserir um número de identificação pessoal de quatro dígitos. As máquinas de leitura de cartões podem estar infectadas com malware, que realiza o roubo dos dados. O grande problema é que o comerciante pode estar totalmente inconsciente do que está acontecendo.

Um esquema comum no Brasil envolve os chamados Chupa Cabras, o nome dos aparelhos colocados dentro dos slots de cartões dos caixas eletrônicos. Estes não são reconhecidos pelos consumidores e passam todas as suas informações de cartão para os criminosos.
Outro esquema envolve um cartão equipado com um chip manipulado que anexa malware ao leitor de cartão. Quando portadores de cartão desavisados mais tarde usam o leitor, ele transmite as informações do cartão e os dados pessoais — como datas de validade e códigos de segurança — para os ladrões, que rapidamente clonam os cartões.

Os bandidos são capazes de fazer com que o malware seja baixado no dispositivo de ponto de venda, de modo que toda vez que o cartão é executado, uma versão não criptografada dos dados é transferida para os criminosos. A boa notícia é que os bancos têm usado sistemas cada vez mais sofisticados para identificar transações suspeitas.

 

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