Algumas dúvidas pairam o agronegócio brasileiro. E agora: o Brasil será importador de gasolina e de etanol? Como fica nosso futuro nos combustíveis e biocombustíveis? Será que para andarmos de automóvel no Brasil e realizar o transporte de tudo, viveremos de produtos importados?
As estimativas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) apontam a importação de gasolina indo para 410 mil barris/dia, o mesmo volume para o óleo diesel, em 2030. Essa gasolina representaria o consumo equivalente a 23,6 bilhões de litros de etanol anidro ou 33,8 bilhões de litros de etanol hidratado.
Perante este cenário inexorável, precisaremos promover a produção local de combustíveis fósseis ou renováveis e investir na ampliação da infraestrutura portuária. Por isso, uma encruzilhada. O governo federal lançou uma campanha no final do ano passado. São dois programas que objetivam recuperar o setor de biocombustíveis.
Ocorrerá o avanço de políticas públicas para o desenvolvimento de biocombustíveis avançados, com ênfase no etanol. No Renova Bio, evento realizado em Brasília em dezembro passado, foi apresentado ao Presidente Michel Temer uma esperada nova tecnologia de célula combustível movida a etanol e assim iremos ver apoio e suporte ao bioetanol, biodiesel, biogás e o bioquerosene.
E eu também não tenho dúvida de que iremos ver etanol oriundo do milho no Brasil, além da cana de açúcar. Quem sabe é a hora de recuperar e dar novo rumo para o setor do açúcar e do etanol nacional.
*José Luiz Tejon Megido
Conselheiro Fiscal do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) e Dirige o Núcleo de Agronegócio da ESPM.
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