Edson Barbosa de Araujo, proprietário do Alemão Conveniência e Salvador Conveniência, e Máximo Aranda, dono de uma rede de chiparia em Campo Grande, foram presos nesta quarta-feira (6) suspeitos de envolvimento em um esquema de receptação de mercadorias furtadas. Segundo a delegada responsável pela investigação, Priscilla Anuda, os dois empresários sabiam que os produtos que adquiriram eram de origem criminosa.
A delegada informou que, durante o depoimento, Edson optou por ficar em silêncio, enquanto Máximo confessou que comprou as mercadorias de um membro de uma organização criminosa, envolvida com estelionato. "Eles sabiam que os produtos estavam sendo vendidos por preços abaixo do mercado e, mesmo assim, adquiriram as mercadorias, ignorando que eram de origem ilícita", explicou Priscilla. O caso teve início em setembro, quando a empresa Amidos Ponta Porã - BRC Starch foi vítima de um golpe, no qual os criminosos utilizaram um site e e-mail falsos para comprar 24 toneladas de fécula de mandioca, no valor de R$ 73.920,00. A mercadoria foi, então, desviada para os pontos comerciais dos empresários em Campo Grande, sendo revendida sem nota fiscal e por preços menores que os praticados no mercado.
A Polícia Civil alerta que a receptação qualificada, que é o crime de adquirir produtos roubados ou furtados, pode resultar em pena de até 8 anos de prisão. Edson e Máximo foram presos em flagrante e estão detidos na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol, aguardando audiência de custódia marcada para esta quinta-feira (8). A Polícia Civil segue investigando o esquema criminoso, que envolveu diversos golpes em empresas de Mato Grosso do Sul, com prejuízos estimados em milhões de reais.