A Operação Pó de Serra desarticulou uma organização criminosa responsável pelo tráfico de drogas em várias cidades brasileiras, incluindo Umuarama (PR), Maringá (PR), Curitiba (PR) e cidades de Santa Catarina, como Balneário Camboriú e Joinville. O grupo utilizava homens e mulheres simulando casais para transportar a droga, com o objetivo de evitar a fiscalização policial durante o trajeto. Para enfraquecer a organização, a Justiça determinou a apreensão de bens móveis e imóveis no Brasil e o congelamento de contas bancárias de 31 investigados, totalizando mais de 69 milhões de dólares.
Durante a operação, foram apreendidos no Paraguai 72 cartuchos de vários calibres, duas armas, duas máquinas de contar notas, e no Brasil, 44 veículos, dois barcos, 14 armas, 684 munições, dinheiro em reais, dólares e euros, além de diversas joias. As apreensões refletem o alcance e a sofisticação do grupo criminoso, que utilizava diferentes métodos para lavar dinheiro e transportar grandes quantidades de drogas.
A investigação teve início no final de 2023, após a prisão de um casal em Guaíra (PR), que estava transportando 53 quilos de cocaína com destino a Umuarama. A partir dessa prisão, a Polícia Federal conseguiu identificar e apreender uma tonelada de cocaína e desmantelar a rede de tráfico, que, desde 2020, havia movimentado mais de 20 toneladas de drogas. Além disso, a operação resultou na prisão de 11 pessoas e no cumprimento de mandados de busca e apreensão em várias cidades do Paraná e de Mato Grosso do Sul.
Na última terça-feira (12), a Operação Pó de Serra bloqueou R$ 389 milhões vinculados à organização criminosa, e seguiu com a execução de mandados em locais estratégicos, como Amambai, Naviraí e Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul, além de municípios paranaenses. A ação é um marco no combate ao tráfico de drogas na região, com a Polícia Federal intensificando as investigações e operações para desmantelar a organização.