No dia 17 de março, uma força-tarefa resgatou 35 indígenas de Amambai, que haviam sido contratados de forma informal para trabalhar em um frigorífico no interior de São Paulo. Os trabalhadores, que estavam em condições análogas à escravidão, eram mantidos em alojamentos precários, compartilhando a mesma água dos animais e com alimentação insuficiente.
Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), as condições de trabalho eram desumanas. Eles eram alojados em uma casa com três dormitórios e poucos sanitários, e parte dormia em varandas ou na garagem. Não havia espaço para guardar roupas ou objetos pessoais, e a única comida disponível era arroz empapado.
A fiscalização resultou na paralisação das atividades do frigorífico, e os indígenas foram enviados de volta à aldeia em Amambai. O empregador foi responsabilizado, com o pagamento de R$ 255 mil em verbas rescisórias e danos morais, a serem distribuídos entre os trabalhadores.