Na tarde desta segunda-feira (13), cerca de 2.260 sachês do produto conhecido como Snus foram transportados pela Vigilância Sanitária para a Superintendência da Polícia Federal, em Campo Grande. A apreensão, realizada na última semana, é a primeira do tipo registrada no Brasil. O material será submetido a exames toxicológicos para verificar a presença de substâncias proibidas, conforme a Portaria 344/1998 do Ministério da Saúde.
O Snus, derivado da nicotina sintética, é proibido no Brasil pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A operação que resultou na apreensão foi realizada em conjunto pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), Sefaz (Secretaria de Fazenda) e Correios, com apoio da Polícia Militar e da Guarda Municipal. Cada sachê do produto contém 6,5 mg de nicotina, uma quantidade 6,5 vezes maior do que a absorvida ao fumar um cigarro comum, o que aumenta significativamente o risco de dependência química e doenças graves, como câncer e problemas cardiovasculares.
Além do Snus, a operação apreendeu cápsulas de fitoterápicos falsificados que continham medicamentos alopáticos de alta toxicidade, como ibuprofeno e corticoides. Esses produtos adulterados podem causar sérios danos à saúde, incluindo gastrite, falência renal e complicações metabólicas. A presença desses itens reforça a gravidade do caso e a necessidade de fiscalização rigorosa.
Caso os exames confirmem a presença de substâncias entorpecentes ou psicotrópicas proibidas no Snus, o responsável pela importação ou distribuição do produto poderá ser acusado de tráfico de drogas. A Polícia Federal, em parceria com a Anvisa, segue investigando como o material entrou no Brasil e trabalha para responsabilizar os envolvidos.