Traficantes de Mato Grosso do Sul estão sendo investigados por integrar uma organização criminosa responsável por transportar cocaína escondida em cascos de navios. O grupo, com ajuda de mergulhadores, utilizava o Porto de Santos (SP) como ponto de partida. A investigação começou após a prisão de um homem e a apreensão de um adolescente em Bataguassu, cidade a 313 km de Campo Grande.
Durante a operação da Polícia Federal, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em diversas cidades, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul. A quadrilha utilizava rastreadores Apple, como os AirTags, para monitorar a cocaína, o que ajudou a polícia a rastrear os traficantes. Em dez meses, o grupo transportou mais de uma tonelada de drogas, incluindo cocaína e maconha, em navios internacionais.
A operação também revelou o uso de uma lancha chamada "San Piter" para transportar a droga até os navios. A quadrilha já havia enviado cocaína para países como Coreia do Sul, China, Espanha e outros. As investigações ainda estão em andamento, com a polícia monitorando possíveis remessas futuras e identificando novas rotas utilizadas pelos criminosos.
O juiz responsável pelo caso destacou que o grupo transportou mais de 670 quilos de cocaína e trouxe 400 quilos de maconha do Paraguai, somando mais de uma tonelada de drogas. Ele também apontou indícios de que a quadrilha estava planejando mais remessas para o exterior, com origem em estados como Ceará, Maranhão e Rio Grande do Sul.