Ação conjunta entre a Polícia Civil, representada pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (DECON), Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF) e Delegacia Regional de Paranaíba, em colaboração com a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO), Vigilância Sanitária e Serviço de Inspeção de Paranaíba, resultou na prisão em flagrante de três indivíduos sob acusações de abate e comercialização de carne de bovinos, ovinos e suínos de origem clandestina, sem os devidos registros e documentos.
A operação teve início após uma denúncia de abate clandestino de animais para posterior venda nos mercados da cidade de Paranaíba. De acordo com as informações da Polícia Civil após diligências conduzidas pela DECON e IAGRO, foi confirmada a veracidade dos fatos, culminando em uma ação fiscalizatória que resultou nas prisões. Os suspeitos foram abordados simultaneamente.
A primeira prisão ocorreu quando A.D.F., de 47 anos, estava realizando o abate ilegal de um bovino em uma chácara que servia como frigorífico clandestino. No local, foram encontradas diversas carcaças espalhadas pela propriedade, contendo carne de ovinos, suínos e bovinos, totalizando 1.525 quilos de carne imprópria para consumo.
Após este primeiro flagrante, a Coordenadoria Geral de Perícias e a Polícia Militar Ambiental foram acionadas devido ao descarte inadequado de resíduos, que estava sendo despejado diretamente no solo.
O segundo indivíduo detido foi CPF, de 60 anos, proprietário da chácara e de um mercado na cidade, onde foram encontrados 946 quilos de carne clandestina. Continuando com as diligências, a equipe policial prendeu O.A.C., de 63 anos, encontrado com 446 quilos de carne clandestina, além de descobrir que falsificava documentos relacionados à inscrição do Serviço de Inspeção Municipal (SIM), sendo autuado também por falsidade ideológica.
O abate clandestino não só alimenta o crime de abigeato, mas também contribui para a concorrência desleal, sonegação de impostos e propagação de doenças graves, como tuberculose, brucelose, listeriose, salmonelose, yersiniose, campilobacteriose e infecções por Escherichia coli, entre outras.
Todo o produto apreendido foi entregue à IAGRO para descarte em conformidade com as leis ambientais vigentes.