Reprodução/Redes Sociais
Catarina Marquese Moreira
Investigações sobre a morte da artista plástica Catarina Marquese de 72 anos, pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos (Derf). As investigações e o laudo pericial apontam que a vítima foi sufocada até a morte por César Antunes de Lima, de 36 anos, morto na última sexta-feira (14), durante troca de tiros com os policiais.
De acordo com os delegados Fabio Brandalise e Reginaldo Salomão, durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (17), a vítima sofreu diversas agressões, múltiplas lesões pelo corpo, tendo a boca amordaçada e o nariz tapado, até morrer por sufocamento (conforme o laudo inicial do legista). O marido da vítima é deficiente auditivo e declarou não ter ouvido a ação dos criminosos. Apesar de não detalhar a dinâmica do crime, que durou cerca de uma hora, as autoridades acreditam se tratar de um crime premeditado, devido à extensa ficha criminal dos suspeitos.
Elaine Silva/Capital News
Delegados Fabio Brandalise e Reginaldo Salomão
A motivação do crime, conforme as investigações partiu da premissa que haveria algo de valor dentro da casa, hipótese que foi esclarecida pelos delegados. “Foi comprovado na investigação que não havia nenhum cofre e nada de valor", relatou Salomão. Após o crime os suspeitos fugiram sem levar nada porque não acharam cofre, jóias e nem dinheiro.
O delegado Fabio Brandalise, destaca que as diligências foram intensas, na última quinta-feira (13), Thales Ambrósio Pereira, de 30 anos, foi localizado pela polícia, segundo as investigações ele apenas amarrou Catarina. Na sexta-feira (14), César Antunes de Lima, de 36 anos, foi encontrado em um pensionato onde havia se hospedado, no bairro Jóquei Clube. Durante a abordagem houve troca de tiros e o suspeito acabou morto pelos policiais. "Nossa intenção era que ambos fossem capturados vivos", afirmou o delegado Salomão.
"Acreditamos que ele já sabia que estava sendo procurado", enfatizou o delegado, Reginaldo Salomão. Segundo a DERF, mesmo após a morte de César os acusados serão investigados por cometerem uma série de crimes contra patrimônio de roubos e furtos em Campo Grande.
Na residência de César foram encontrados anabolizantes e um revólver calibre 32. "Ele era um homem bem forte", relata o delegado. Conforme as investigações César é apontado como o autor do sufocamento da vítima.
Entenda o caso
Catarina Marquese foi encontrada morta no dia 4 de maio pelo marido de 74 anos, que é deficiente auditivo, e no momento do crime estava no andar de cima da residência e não teria ouvido ou presenciado o caso.
De acordo com as informações da polícia, o autor teria pulado o muro de mais de três metros, e ao entrar no local, arrombou a porta de entrada do ateliê de Catarina. A artista se deparou com o bandido e tentou fugir, mas foi encontrada, e amarrada nos braços e nas pernas, conforme a polícia. Segundo a delegada responsável pela investigação Reginaldo Salomão da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos (Derf), ela também foi agredida com um soco no rosto.
As equipes da Derf conseguiram localiza na última quinta-feira (13), o veículo usado pelos suspeitos no dia da invasão a casa de Catarina. O veículo foi descoberto após o depoimento de testemunhas, a partir das imagens da câmera de segurança foi descoberto que um VW Gol, de cor bege com placa CVB-3225, deu suporte à ação criminosa. Já na sexta-feira (14), houve troca de tiros com os investigadores da Derf, que terminou com a morte de César Antunes de Lima.
