A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) autorizou, nesta sexta-feira (17), a liberação da cabeceira 6 da pista do Aeroporto Regional Francisco de Matos Pereira, em Dourados, para pousos e decolagens de aviões particulares de grande porte. A medida é considerada um marco para o município, que aguarda desde 2021 a conclusão da reforma e a liberação de voos comerciais e domésticos.
O prefeito de Dourados, Marçal Filho (PSDB), comemorou a liberação, ressaltando que foi resultado dos esforços realizados nos primeiros 10 dias de sua gestão. Ele criticou a antiga administração, liderada pelo Progressistas e Alan Guedes, por não ter acelerado o processo. Segundo Marçal, a liberação poderia ter ocorrido já em julho do ano passado, caso a solicitação tivesse sido feita em tempo hábil.
“Eu sempre imaginei que a liberação das operações comerciais de pouso e decolagem dependiam de agentes políticos, mas, ao chegar ao governo, descobri que depende mesmo é da ação da prefeitura. Fui informado pela minha equipe que essa solicitação junto à Anac poderia ter sido feita assim que o 9º Batalhão de Engenharia de Construção do Exército entregou as obras de ampliação da pista ao município”, afirmou o prefeito.
O secretário municipal de Serviços Urbanos, Luiz Roberto Martins de Araújo, explicou que a liberação da Cabeceira 6 possibilita que Dourados receba aeronaves em procedimento visual de pouso e decolagem. Ele também mencionou que outras etapas da reforma estão sendo concluídas, como o Canal de Inspeção, o pórtico, o equipamento de raio-X e a adaptação da Sala de Comunicação para acomodar a EPTA (Estação Prestadora de Serviço de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo).
A expectativa é que, após a conclusão de todas as etapas, incluindo o funcionamento do Papi (Indicador de Trajetória de Aproximação de Precisão) da cabeceira 24, a Anac autorize o funcionamento pleno do aeroporto. O secretário Luiz Roberto criticou a falta de manutenção dos equipamentos que haviam sido removidos durante a reforma de 2021, o que causou danos devido à ação do tempo, atrasando a liberação completa da estrutura.
