O governador Eduardo Riedel (PSDB) concedeu entrevista para o programa Capital Meio Dia, na rádio Capital 95 FM, nesta terça-feira (26). O chefe do executivo estadual falou sobre 2023 e principais desafios enfrentados, sem deixar de citar conquistas importantes como a classificação do Mato Grosso do Sul com a menor taxa de desocupação e a terceira menor taxa de pobreza do país. Veja entrevista completa abaixo.
“DGE de 2000, de dezembro agora 2023, publicado dia 6 de dezembro, a terceira está com menor taxa de desocupação, e a terceira menor taxa de pobreza extrema do Brasil, isso é importante, porque mostra quem a gente precisa estender a mão e não deixar na mão” defendeu.
Riedel também respondeu sobre a redução dos impostos. “Não, você vai ter que comentar, porque a participação 24-28 vai representar a fatia do Estado no povo tributário, só que a gente já tem crescido acima da rede. Então, não achei justo passar essa conta ao consumidor. E nós vamos governar, como eu sempre disse, com o dedo no pulso, medindo para e para todos os indicadores para a gente poder, a cada momento, tomar a decisão mais adequada. Mas eu não vejo a possibilidade de um desequilíbrio.” explicou.
Ainda reiterou sobre a industrialização. “Então, para que nós possamos, talvez, enfraquecer essa industrialização que vem sendo tão potente, tão crescente, tanto no governo do Reinaldo, principalmente agora no seu. E veja que a industrialização ocorre aonde? Ela ocorre naquelas cadeias produtivas que nós somos mais competitivos. Ah, o incentivo fiscal traz uma indústria de helicóptero para o Estado. Não é isso. Tem que ter competitividade, que eles chamam de cadeia. De fornecimento, de cluster, de serviço, de inteligência aplicada. Então assim, quando a gente atrai uma indústria, a gente atrai porque ela já é competitiva aqui no Estado.“, defendeu o governador.
A Reforma Tributária também foi discutida no programa e o governador e defendeu que o setor privado do Estado será o mais beneficiado. “A reforma, na verdade, ela dá um redirecionamento curto para o consumo. Toda cadeia produtiva é desonerada. O início da primária, da industrialização, vai ser um dos grandes diferenciais da reforma. Veja, cinco mil de incentivos são dados para atrair aquela empresa vírgula do Sul, diminuir o ICMS. Na reforma, essa empresa não paga mais. Olha o que a gente está falando. O fundo é uma coisa separada para compensar eventuais ações que você tem que ter para fazer atração, não direto para a empresa, mas em ambiente de negócio. A reforma vem a desonerar as cadeias produtivas. Na cadeia produtiva, todos os elos até o consumidor final. Por isso que nós somos um Estado perdedor na reforma enquanto ente público, enquanto a arrecadação. Mas o privado, aquele que faz negócio aqui no Estado, será beneficiado pela reforma. Então temos que separar o que é a arrecadação tributária do Estado e o que é o pagamento ou o ambiente de negócio para o privado dentro do ambiente da reforma tributária. É uma reforma que está sendo ensaiada pensada, e que agora o Congresso reuniu as condições para avançar.”, detalhou o governador Eduardo Riedel.
Riedel sai de férias nesta terça e volta no dia 14 de janeiro. O Estado estará até o dia primeiro sob a direção do presidente da Assembleia, Gerson Claro (PP) e após o dia 1ª o vice-governador, Barbosinha assumirá o Mato Grosso do Sul.
Capital Meio Dia - 26/12/2023
