A alta dos preços dos alimentos tem impactado o bolso dos consumidores, e o governo busca formas de aliviar esse peso. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, anunciou na quinta-feira (6) a isenção do imposto de importação para dez produtos alimentícios. A medida inclui itens como carne, café, azeite, açúcar e biscoitos, com o objetivo de aumentar a oferta e, assim, reduzir os preços no supermercado.
No entanto, ainda existem dúvidas sobre a eficácia da medida. O governo não revelou quanto essa renúncia fiscal custará aos cofres públicos e não garantiu que os preços realmente cairão, pois o impacto depende de fatores como o mercado, o câmbio e a disposição dos importadores. A isenção de impostos afeta produtos como carne, café, açúcar, milho, azeite de oliva e biscoitos, que anteriormente enfrentavam alíquotas altas.
Além da isenção do imposto de importação, o governo também quer que os estados zere o ICMS sobre a cesta básica, uma medida que depende da decisão dos governadores. Outra estratégia é fortalecer os estoques reguladores da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), com o objetivo de intervir no mercado caso os preços subam demais. O governo também anunciou incentivos ao Plano Safra e propôs aumentar a publicidade de produtos da cesta básica para gerar mais concorrência.
A inflação dos alimentos em 2024 foi de 8,23%, acima da média geral, e o preço de itens como carne subiu 20,84%. A alta dos preços tem um peso político significativo, como demonstrado em mandatos anteriores, e o governo de Lula tenta evitar uma crise similar. Contudo, se os preços não caírem, novas medidas podem ser necessárias para enfrentar a pressão.