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Nesta segunda-feira (16), o 1º secretário da Assembleia Legislativa, deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB), reuniu-se com o governador Eduardo Riedel, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e o produtor rural Valdenir Portela Cardoso, representante do Movimento Alerta do Agro. O encontro teve como pauta principal discutir medidas emergenciais para enfrentar os desafios enfrentados pelo setor produtivo nos últimos três anos, que têm gerado perdas significativas.
A crise afeta, principalmente, a região centro-sul do Estado e é resultado de fatores como mudanças climáticas severas, elevados custos de produção e queda nos preços das commodities agrícolas. Essa combinação tem comprometido a viabilidade financeira dos produtores rurais e ameaçado o plantio das próximas safras. “O setor vive uma situação de endividamento crescente. Embora alguns produtores ainda consigam renegociar suas dívidas, muitos já chegaram ao limite da sua capacidade financeira ou de crédito. Precisamos agir agora para evitar uma desestruturação ainda maior nos próximos anos”, alertou Paulo Corrêa.
Uma nova reunião foi agendada para fevereiro de 2025, desta vez com a participação do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. O objetivo é ampliar o debate, incluindo regiões como Goiás, que enfrentam crises semelhantes, além de avançar na construção de políticas públicas efetivas para o setor. A articulação começou em setembro, durante um grande encontro em Maracaju, que reuniu mais de 600 produtores rurais. Na ocasião, os participantes reivindicaram renegociações de dívidas de longo prazo com juros reduzidos.
Paulo Corrêa reforçou a importância de soluções urgentes e estratégicas para o futuro do agronegócio. “A solução precisa ser construída com urgência e com visão estratégica de longo prazo. Nosso objetivo é sensibilizar o governo federal para evitar o colapso do agronegócio, que é um dos pilares da economia de Mato Grosso do Sul e do Brasil, e garantir que as medidas discutidas resultem em ações concretas já para a safra de 2026”, afirmou.
Valdenir Portela ressaltou a gravidade do cenário e a necessidade de um esforço conjunto entre as esferas federal, estadual e o setor produtivo. “Precisamos tratar o endividamento do agronegócio com seriedade e planejamento. O problema é grande e não será resolvido da noite para o dia. É fundamental um esforço conjunto entre ministérios, estados e setor produtivo para buscar saídas reais e estruturadas que atendam os produtores e enfrentem os desafios do campo”, finalizou. O encontro também contou com a presença do secretário de Estado da Casa Civil, Eduardo Rocha, e do prefeito de Maracaju, Marcos Calderan.
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Agricultores vivem situação de endividamento crescente, apesar de alguns terem a possibilidade de renegociar suas dívidas
