A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro, ambos do Partido Liberal (PL), participaram neste fim de semana de eventos em Washington, representando o ex-presidente Jair Bolsonaro. A presença deles foi parte das celebrações que antecedem a posse de Donald Trump como o 47º presidente dos Estados Unidos.
Michelle representou Bolsonaro após o ex-presidente ter seu pedido de devolução do passaporte negado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o que o impediu de comparecer ao evento oficial desta segunda-feira (20). Em declarações à imprensa, Michelle afirmou que Bolsonaro é alvo de "perseguição pelo Judiciário" e demonstrou tristeza pela ausência do marido na posse de Trump.
"Bolsonaro pediu que eu levasse o carinho e o respeito que ele tem pelo presidente Trump. Eles construíram uma relação sólida, baseada em valores e princípios semelhantes", declarou Michelle. Durante sua estadia, ela reforçou os laços com lideranças evangélicas e aliados de Trump, destacando a importância da cooperação internacional entre movimentos conservadores nos dois países.
Eduardo Bolsonaro também se manifestou sobre as dificuldades enfrentadas pelo pai, citando o que chamou de "lawfare" contra Bolsonaro. "O que estamos vendo no Brasil é o mesmo tipo de guerra jurídica que Trump enfrentou aqui. Não demora muito para que as autoridades brasileiras tenham o mesmo crédito das venezuelanas", afirmou. Além disso, o deputado federal participou de reuniões com Donald Trump Jr. e de um jantar promovido pelo vice-presidente eleito, J.D. Vance.
Além de Michelle e Eduardo, a comitiva contou com a presença dos deputados Marcos Pollon (federal) e João Henrique Catan (estadual), ambos do PL. Eles participaram das atividades por iniciativa própria, arcando com as despesas pessoais. "Estamos aqui pela proximidade e amizade com a família Trump. Novos tempos virão após 20 de janeiro", garantiu Eduardo, reafirmando o alinhamento entre os dois grupos políticos.