Em audiência pública realizada nesta segunda-feira (27) na Câmara Municipal de Campo Grande, o secretário Municipal de Planejamento e Finanças, Pedro Pedrossian Neto, apresentou a prestação de contas do Poder Executivo com dados referentes ao 2º quadrimestre do exercício financeiro de 2021.
Conforme o relatório, a receitas do Tesouro registrou avanço de 8,22% neste quadrimestre em comparação ao mesmo período de 2020, passando de R$ 1.357.916.843,56 para R$ 1.469.555.332,42, apesar do resultado positivo as despesas também subiram, passando de R$ 1.071.234.129,90 para 1.291.110.394,15, o que representa um crescimento de 20,53%.
Pedro Pedrossian Neto destaca que a pandemia impactou diretamente nas contas públicas. “Verificamos uma receita em crescimento e em expansão, mostrando um grande dinamismo da nossa base arrecadatória, com aumento na arrecadação dos tributos próprios. Mas, por outro lado, temos uma despesa que, por conta da retomada de algumas coisas, não está tão comportada como gostaríamos. Esse é o desafio pós-pandemia, que vai mostrar essa despesa crescendo, e que vai nos trazer uma série de preocupações no futuro”, analisou o secretário.
A audiência foi convocada pela Comissão Permanente de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal, composta pelos vereadores Betinho (presidente), Papy (vice), Camila Jara, Tiago Vargas e Ronilço Guerreiro. A prestação de contas é realizada a cada quatro meses pela Prefeitura, encaminhando aos vereadores relatório da avaliação do cumprimento de metas para o exercício.
O Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), principal fonte de arrecadação da Prefeitura, registrou um aumento de 10,86%, saindo de R$ 406 milhões para R$ 450 milhões. O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) também ajudou a reforçar os cofres do Executivo, com aumento de 21,5% em relação ao 2º quadrimestre de 2020, passou de R$ 226 milhões para R$ 274 milhões.
“Observamos uma cidade que tem boas e más notícias. Mesmo sem os R$ 111 milhões, mostramos um crescimento de 8%. Vejam o esforço fiscal. Estamos falando de mais de R$ 200 milhões que aumentamos em relação àquele período do ano passado”, analisou o secretário.
Em relação às despesas, os gastos com pessoal têm pesado na folha, conforme a Casa de Leis houve um aumento 15,86% em relação ao ano passado, saindo de R$ 685 milhões para R$ 793 milhões. Os repasses federais também travaram o desenvolvimento da Capital. Em 2020, durante o 2º quadrimestre, foram repassados R$ 111 milhões. Neste ano, foi registrada uma queda de 94,28%: apenas R$ 6 milhões enviados pela União.
“A receita está indo bem, mas a despesa está crescendo de maneira não tão comportada. Ainda assim, temos superávit nesses oito meses deste ano. Mas, nesse ritmo, haverá superávit até os próximos quatro meses para fechar o ano?”, questionou.