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Política Terça-feira, 29 de Outubro de 2019, 13:33 - A | A

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Rodovia

Comodidade da CCR impedem que concessão da BR-163 avance no MS

Deputados pontuam erros e falta de compromisso com a população

Adriana Ximenes
Capital News

Divulgação

Comodidade da CCR impedem que BR-163 avance no MS

Deputados estaduais, Paulo Corrêa e Barbosinha

Os deputados estaduais Paulo Corrêa (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa de MS e Barbosinha (DEM), líder do Governo na Casa de Leis apontaram como principais causas para a falta de duplicação e readequação viária da concessão da BR-163 a omissão da Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT) e a comodidade da concessionária CCR MSVia.

 

Os parlamentares pontuaram a falta de duplicação e readequação viária da concessão da BR-163 a omissão da Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT) e a comodidade da concessionária CCR MSVia. Esses erros foram relatados na sessão de ontem (28).

 

Dos 850 quilômetros, previstos em contrato para serem duplicados, apenas 150 quilômetros foram concluídos até o momento, o que significa pouco mais de 10%. A resistência da Agência Nacional em regular e fiscalizar concessão, trouxe uma grande omissão no cumprimento de sua missão. “Temos presenciado uma situação de caos no trânsito, inclusive com mortes por conta do aumento do fluxo de veículos no trevo da Coronel Ponciano, Trevo da Bandeira e fechamento de acessos importantes em Dourados.  Esperamos uma solução rápida para este impasse, que tudo isso possa ser respondido com este debate”, defendeu Barbosinha.

 

A principal rodovia do Estado atende cerca de 1,5 milhão de habitantes e corta 21 municípios de MS tem apresentado impactos diretos e negativos em toda sua extensão. A maioria dos gestores municipais pede autonomia para definir as demandas e apresentar readequação às obras e intervenções dentro do perímetro urbano de suas cidades. “Queremos uma gestão compartilhada onde nós, prefeitos, possamos apresentar as demandas dos nossos municípios e ter poder de decisão para atender o que a população das nossas cidades precisa”, defendeu o prefeito Valdomiro Sobrinho, de Mundo Novo.

 

Para o diretor-presidente da CCR-MS Via, José Márcio Silveira, o desequilíbrio econômico-financeiro do contrato como uma das principais causas do não cumprimento do cronograma da concessão. “À época da licitação o cenário econômico do país era outro e após a assinatura do contrato a crise financeira prejudicou a liberação de financiamento e consequentemente comprometeu a execução das obras. Outro fator foi a elevação de preços de insumos de asfalto e principalmente a redução de 40% do tráfego de veículos na via”, descreveu o diretor-presidente.

 

 Ao defender a atuação da concessionária, o diretor de Relações Institucionais da CCR, Claudeir Alves Mata, destacou que desde o início do contrato a CCR já investiu R$ 2,912 bilhões e arrecadou somente R$ 1,2 bilhão. O motivo principal é a redução do fluxo de veículos na rodovia”, ainda segundo ele, foram feitas diversas melhorias ao longo da BR. “A duplicação é apenas uma das obrigações previstas no contrato. Durante esse tempo preferimos priorizar o atendimento e a recuperação do patrimônio público”, disse.

 

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Comodidade da CCR impedem que BR-163 avance no MS

Os deputados estaduais Paulo Corrêa (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa de MS e Barbosinha (DEM), líder do Governo na Casa de Leis apontaram como principais causas para a falta de duplicação e readequação viária da concessão da BR-163 a omissão da Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT)

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