O governador André Puccinelli (PMDB), o deputado federal Waldir Neves (PSDB) e mais um grupo de ruralistas têm hoje à tarde, a partir das 14h30, audiência com o ministro da Justiça, Tarso Genro, para discutir a demarcação de terras indígenas em Mato Grosso do Sul.
Devem acompanhar o governador o presidente da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Ademar da Silva Júnior, o presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Gado de Mato Grosso do Sul) e o deputado federal Waldemir Moka, entre outras autoridades.
O deputado Waldir Neves está propondo a extinção da Funai (Fundação Nacional do Índio), por entender que órgão não melhorou a vida dos indígenas no Brasil desde que foi criada.
“Então para quê continuar com isso?”, indaga o parlamentar.
O governador dá indicações de que apóia a proposta do parlamentar e destaca que, em Mato Grosso do Sul, quem envia cestas básicas para a população indígena é o governo do Estado.
Puccinelli chegou a dizer ontem que a Funai “não faz falta em Mato Grosso do Sul”.
Waldir Neves afirma que a assistência ao índio deveria ser feita pelas prefeituras, supervisionadas por uma agência federal.
“Esta agência fiscalizaria se os recursos estariam sendo usados devidamente”, afirmou.
O deputado tucano lembra ainda que dois terços do orçamento da Fundação são gastos com a manutenção da estrutura do órgão. “Só um terço chega, de fato, ao índio. Isso é inconcebível”.
O clima é de tensão entre proprietários rurais e indígenas no Estado em razão dos estudos iniciados pela Funai para a demarcação de terras. A área de abrangência dos estudos é de 12 milhões de hectares e inclui os municípios com maior produção agropecuária do Estado