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Política Quinta-feira, 28 de Agosto de 2008, 13:29 - A | A

Quinta-feira, 28 de Agosto de 2008, 13h:29 - A | A

Governo marca reunião para discutir demarcações de terra

Da redação (LM)

A questão da demarcação de terras indígenas em Mato Grosso do sul será discutida no dia 4 de setembro entre o presidente da Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado Jerson Domingos (PMDB), o governador André Puccinelli (PMDB) e o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira.
A reunião foi confirmada hoje durante sessão na AL e contará também com representantes da Presidência da República e membros da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul).

Jerson Domingos disse pela manhã que irá propor à Funai a destinação das terras do polêmico reverendo Moon para os índios. O coreano foi investigado por uma CPI do legislativo estadual, que constatou o projeto de formar uma nação estrangeira em Mato Grosso do Sul. A proposta de Jerson Domingos é destinar os cerca de 100 mil hectares do reverendo para os índios.

A polêmica começou em novembro do ano passado, quando a Funai assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Mínistério Público Federal, comprometendo-se a realizar estudos para identifcar 39 novas áreas indígenas em 26 municípios do sul do Estado. As novas áreas beneficiarão os índios Guarani Caiová e Ñhandeva.

As portarias da Funai foram assinadas no primeiro semestre deste ano. Segundo técnicos do órgão, a expectativa é demarcar 3,5 milhões de hectares, que corresponde a 10% do território sul-mato-grossense. A classe produtora e empresários reagiram contra a iniciativa, por temer colapso no desenvolvimento regional.

Na Casa de Leis, os deputados se dividiram a favor e contra o TAC. Para o deputado Pedro Kemp (PT), a medida é oportunidade histórica de se fazer justiça aos índios. Os deputados Zé Teixeira (DEM) e Paulo Corrêa (PR) saíram em defesa dos produtores rurais, amparados pelo direito à propriedade, e consideraram que a iniciativa só tem a finalidade de causar colapso na economia regional.

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