O presidente da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional, deputado federal Waldemir Moka (PMDB-MS), defendeu ontem (24/11), em Brasília, durante reunião na CNI (Confederação Nacional da Indústria), mais recursos no Orçamento Geral da União para serem investidos em infra-estrutura para evitar a paralisação do desenvolvimento industrial do País. “O Brasil precisa dar mais atenção à questão de infra-estrutura, pois estamos crescendo a taxas de 6% ao ano e, sem investimento nessa área, o País vai travar. No momento atual, precisamos de recursos para reformar os nossos portos e aeroportos, bem como melhorar as nossas rodovias, hidrovias e ferrovias”, pontuou.
Na oportunidade, o presidente da CNI, Robson Braga, reforçou que o setor industrial considera pouco a destinação de apenas 1,1% do Orçamento Geral da União para investimento em infra-estrutura, o que representa algo em torno de R$ 44 bilhões. O presidente da Fiems, Sérgio Longen, que também participou da reunião em Brasília, explicou que a proposta da CNI é que o percentual reservado para gastos com infra-estrutura seja de pelo menos 2% do Orçamento 2011. “O percentual atual de 1,1% está bem aquém das necessidades de investimento em logística de transporte, sendo insuficientes para atender o crescimento atual do País”, disse.
Com relação à reivindicação da CNI, o deputado federal Waldemir Moka e o relator-geral do Orçamento, senador Gim Argello (PTB-DF), recomendaram que os representantes da entidade máxima do setor industrial se reúnam com as bancadas federais dos seus respectivos Estados para buscar uma melhor destinação de recursos para investimento em infra-estrutura. “A alternativa é que esses recursos aumentem por meio de emendas parlamentares”, sugeriu Waldemir Moka, defendendo ainda uma reunião com o relator setorial de infra-estrutura da Comissão Mista de Orçamento, deputado federal Leonardo Quintão (PMDB-MG).
Também durante a reunião os representantes das indústrias reclamaram da falta de marcos regulatórios, ou seja, de uma legislação que regule o funcionamento dos investimentos no País. “Hoje, temos 20 grandes investidores internacionais e apenas dois estão aplicando recursos no Brasil por falta de marcos regulatórios”, destacou o presidente da Fiems durante a reunião com os integrantes da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional, que também teve a presença do diretor-executivo do DNIT, José Henrique Coelho Sadok Sá, e do diretor da CNI, Paulo Afonso.
Segundo Waldemir Moka, é preciso que a CNI se reúna com os líderes dos partidos no Congresso Nacional para traçarem, em conjunto, uma agenda de discussão dessa questão dos marcos regulatórios. “O empresário precisa de uma legislação em que ele confie e possa investir. Hoje em dia o setor privado quer investir, mas precisa de segurança, por isso defendemos um casamento entre os investimentos privado e público”, analisou.
Sobre Mato Grosso do Sul, o presidente da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional reforçou que é um projeto pessoal do governador reeleito André Puccineli deixar o Estado no caminho da industrialização e para isso conta com o apoio do presidente Sérgio Longen. “Atualmente, o Governo do Estado e a Fiems têm sido grandes parceiros nesse sentido de colocar o Estado nos trilhos da industrialização. O governador já deu esse primeiro passo e eu quero contribuir com a consolidação desse processo, pois há um desejo do Governo e dos empresários em caminhar nesse sentido”, afirmou. (Com informações da Assessoria)