Sexta-feira, 16 de Maio de 2008, 10h:56 -
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Murilo diz que políticos têm obrigação de prestar contas do mandato
Da Redação
O vice-governador de Mato Grosso do Sul, Murilo Zauith (DEM), afirma que políticos que detém mandato eletivo têm a obrigação de prestar contas à população. Segundo ele, as reuniões que tem feito em Dourados, seu domicílio eleitoral, têm justamente essa finalidade.
Ele lembra que essas ações têm sido feitas não apenas em Dourados como também em outros municípios, onde já participou de reuniões com o mesmo objetivo, como Nova Alvorada do Sul, Bataguassu, Chapadão do Sul, Costa Rica, Inocência, Paranaíba, Campo Grande e Sidrolândia.
Pressionado por possíveis adversários na disputa pela prefeitura de Dourados, Murilo foi obrigado a ir ontem ao Cartório Eleitoral assinar a representação interposta por advogados contratados pela executiva municipal do PDT, cujo objetivo é impedi-lo de continuar mostrando o que o governo fez e pretende fazer em termos de investimento no município.
O vice-governador observa que esses encontros são suprapartidários, já que, além de políticos do DEM, sempre participam representantes do PMDB, PSDB e até do PDT, como já ocorreu.
Embora ainda não tenha assumido publicamente o desejo de participar das eleições deste ano, Murilo é visto por analistas como uma das principais peças no tabuleiro político deste ano no segundo maior colégio eleitoral sul-mato-grossense, principalmente devido a sua influência direta no processo de crescimento de Dourados como representante da região no governo do Estado.
O fato de ter viajado para os Estados Unidos na primeira vez que o governador André Puccinelli (PMDB) se ausentou do País para cumprir compromissos diplomáticos, evidencia o interesse do vice-governador pela sucessão do prefeito Laerte Tetila (PT). Desta vez, com a viagem do governador para a Europa e para o Japão, Murilo preferiu ficar no Estado, mas tirou licença para fazer exames médicos.
Murilo deve enfrentar na campanha deste ano o deputado estadual Ari Artuzi (PDT), responsável pela representação que tenta acabar, na Justiça Eleitoral, com as reuniões públicas do democrata, e o secretário de Governo da prefeitura de Dourados, Wilson Biasotto (PT).
A disputa pelo cargo hoje ocupado pelo PT, que tem uma hegemonia de quase oito anos à frente da administração, promete ser uma das mais acirradas, tanto é que a campanha sequer começou e os pré-candidatos já começaram a se confrontar na Justiça e por meio dos órgãos de imprensa.
Palanque
Apesar do mistério em torno de sua candidatura, Murilo deve contar com o apoio do governador André Puccinelli, que por várias vezes manifestou o desejo de pedir votos para o aliado.
A ex-deputada estadual Bela Barros (PMDB) deve fortalecer o palanque do democrata, uma vez que ela tem a preferência do governador para ser candidata à vice, embora estrategicamente ele sempre tenha falado no nome do vereador Eduardo Marcondes (PMDB).
Coincidentemente, Murilo e Bela foram derrotados para o prefeito Laerte Tetila nas eleições de 2000 e 2004. Talvez, quem sabe, juntos, a história seja outra. No primeiro confronto, o petista recebeu 36.045 votos, contra 31.328 votos de Murilo. Quatro anos mais tarde, Tetila obteve 53.208 votos contra 42.509 votos de Bela, que concorreu pela coligação PDT/PTB/PMDB/PPS/DEM/PTC/PSDB.
(Fonte: Willams Araújo/Conjunturaonline)