Em uma audiência em Brasília, o deputado estadual Pedrossian Neto (PSD) defendeu a inclusão do ramal de Campo Grande à Ponta Porã, nos estudos da relicitação da Malha Oeste. O projeto prevê a ligação entre os estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo, entre as cidades de Corumbá e Mairinque.
Na semana passada em Campo Grande, representantes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), fizeram uma audiência pública, na qual explicaram o projeto que está sendo desenhado.
Na ocasião, Pedrossian Neto já tinha se pronunciado a respeito da necessidade da manutenção da linha entre Campo Grande e o município na fronteira do Brasil com o Paraguai.
Em Brasília na manhã desta quarta-feira (3), o deputado reiterou o posicionamento afirmando que, a decisão que será tomada agora, impactará os rumores do desenvolvimento do Estado em, pelo menos, 60 anos.
Segundo o projeto apresentado, os estudos da ANTT apontam que o ramal Campo Grande a Ponta Porã teria carga reduzida, portanto, inviável. “Eles estão falando que, em 2035, seriam 200 mil toneladas. Mas o volume de grãos na safra de 2022, só de soja, foi de 13 milhões de toneladas”, cita o deputado.
Além disso, Maracaju é o centro de produção de soja do MS. Portanto, conforme o projeto da Agência, o escoamento da principal região produtora teria de ser feito por Mairinque, ao invés da utilização da ferrovia que passa ao lado do município.
Pedrossian Neto insiste que o estudo de demanda seja reaberto, para incluir o cenário real de produção de MS. “Será que estamos olhando para o futuro? Eu digo que, se fizermos a licitação exclusiva Ponta Porã, nós vamos sentenciar o desenvolvimento do Mato Grosso do Sul aquém do que temos potencial" concluído.