O preço do combustível é algo que está tirando o sono da população sul-mato-grossense. Isto porque o estado ocupa o quinto lugar no ranking de combustível mais caro do país. Enquanto de um lado, os consumidores alegam formação de cartel, do outro, varejistas justificam impacto da relação de postos por usuários, do frete e da carga de impostos.
Visando debater o abuso dos valores em Mato Grosso do Sul, os deputados José Carlos Barbosinha (PSB) e João Grandão (PT) propuseram uma audiência pública intitulada “Preço dos combustíveis: queremos saber a verdade!”. O evento ocorrerá nesta quinta-feira (10), na Assembleia Legislativa, no Parque dos Poderes em Campo Grande.
O objetivo é reunir autoridades públicas do Estado, representantes da Agência Nacional do Petróleo (ANP), do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes (Sinpetro), distribuidoras de combustíveis e proprietários de postos de gasolina.
O parlamentar João Grandão indaga que se uma das justificativas é o frete, qual o motivo de ser encontrado o litro da gasolina comum por R$ 2,90 em Campo Grande e na cidade de Bandeirantes, distante apenas 70 quilômetros, essa mesma proporção de combustível custar R$ 3,42?
Os valores tão díspares ficam ainda mais evidentes em Dourados. Na segunda maior cidade do estado, o preço chega a ser até 20% maior em relação a Campo Grande. Em pesquisa realizada pelo Procon, a média do litro ficou em R$ 3,54. Mato Grosso do Sul fica atrás somente do Acre, Rondônia, Amazonas e Bahia.