Divulgação

Defesa de Lula tentou, em vão, impedir que apurações contra o petista prosseguissem no âmbito da Lava Jato
O Supremo Tribunal Federal (STF) negou pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para suspender as investigações da 24ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na manhã desta sexta-feira (4) e que o principal alvo foi o petista. A decisão foi da ministra Rosa Weber, segundo a Agência Brasil.
A magistrada entendeu, segundo a reportagem, que não há "ilegalidade irrefutável nas investigações" para concessão de uma liminar que interfira nas autonomias dos trabalhos do Ministério Público.
Rosa Weber destacou, no entanto, segundo a Agência Brasil, que as investigações, de modo geral, devem seguir as regras constitucionais de observância das garantias individuais. Segundo a ministra, "toda lesão ou ameaça de lesão a direito é passível de apreciação pelo Poder Judiciário".
No recurso, os advogados de Lula pediram que as diligências fossem suspensas até que o STF decida sobre o conflito de competência sobre as investigações.
Conforme a reportagem, os advogados reiteraram ao STF recurso enviado à Corte na semana passada, no qual afirmam que as investigações não podem prosseguir porque o Ministério Público de São Paulo (MPSP) e o Ministério Público Federal (MPF) no Paraná, no âmbito da Lava Jato, investigam os mesmos fatos.
A Agência Brasil assinala que o ex-presidente é investigado sobre supostas irregularidades na compra da cota de um apartamento tríplex, no Guarujá, e em benfeitorias feitas em um sítio frequentado por Lula em Atibaia (SP).
Para a defesa, segundo a reportagem, a condução coercitiva do ex-presidente na manhã de ontem foi desnecessária porque Lula prestou depoimento à PF em janeiro.