Durante sessão ordinária da Câmara Municipal de Campo Grande, realizada na última terça-feira (11), a vereadora Camila Jara (PT) usou a tribuna para destacar os impactos positivos dos programas de distribuição de renda, como a Renda Básica Emergencial Cidadã, projeto de lei criado por ela em março deste ano.
A proposta prevê a destinação de renda por parte da prefeitura municipal, no valor de
R$ 300,00 mensais durante três meses, a famílias em situação de vulnerabilidade socioeconômica que residem na Capital. Dados do Cadastro Único (Cadúnico), apontam que em Campo Grande existem cerca de 32 mil famílias nesta situação.
Para a vereadora o auxílio é um meio de contribuir no sustento de famílias afetadas pela pandemia da Covid-19. “Apresentamos esse projeto por entender a gravidade do momento, por entender que nós vivenciamos a maior crise sanitária, política, social e econômica. São R$ 300,00 pra pessoa pagar uma conta de luz, pra comprar alimento, pra comprar um gás porque as pessoas voltaram a cozinhar no fogão a lenha na nossa cidade”, destacou via assessoria.
Na ocasião, a parlamentar exemplificou outros locais que já implementaram programas de destinação de renda como Vitória no Espírito Santo, Nova Lima, Minas Gerais, Nova Alvorada, no interior de MS, e Maricá, no Rio de Janeiro. “Prefeitos e vereadores de diferentes partidos apresentaram o projeto porque esse projeto não tem bandeira partidária, porque esse projeto está aí para garantir dignidade humana para as famílias e agora é um momento da gente priorizar pessoas e vidas”, afirmou.
Durante seu discurso, a vereadora defendeu que o projeto não seja “descaracterizado aos 45 do segundo tempo”, referindo-se às recentes declarações do secretário de finanças e planejamento do município, Pedro Pedrossian Neto e do Prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (PSD), que sugeriram a distribuição de cestas básicas ao invés da renda.
“Só a Renda Básica se propõe a resolver três problemas que a gente está enfrentando no nosso município: matar a fome, fazer a economia girar e diminuir o problema do desemprego que assola 56 mil campo-grandenses”, enfatizou Jara.
Camila Jara também cobrou um posicionamento ao prefeito Marquinhos Trad sobre o lançamento da comissão de trabalho, que seria responsável por organizar um plano de execução para o programa, contudo a comissão não foi lançada e está atrasada há mais de 1 mês. “Em uma reunião comigo, o senhor afirmou que aprovava o projeto, eu não estou falando agora em nome da Camila, em nome do PT, eu estou falando em nome de 32 mil famílias que estão passando necessidade nesse momento. Cesta Básica o município já fornece e não resolveu o problema. Vamos juntos tentar uma solução inovadora, eu espero que essa comissão saia e que a gente consiga juntos aprovar esse projeto”, ressaltou.
No início deste mês uma Carta em apoio à Renda Básica Emergencial foi assinada por
44 entidades na Câmara Municipal. O documento, apoiado por entidades da sociedade civil organizada, movimentos sociais e políticos da Capital, tem o intuito de pressionar o poder público e destacar a importância do projeto.
“Com a assinatura da carta, a gente espera que o prefeito entenda que quem tem fome tem pressa, não basta sinalizar apoio ao projeto, é necessário executar. Nós vamos continuar nessa luta até aprovar o projeto e que as pessoas que mais precisam sejam atendidas e tenham o que comer”, enfatizou Camila Jara.
Serviço:
Instituições que quiserem assinar a carta em apoio à Renda Básica, podem preencher o formulário no link:https://docs.google.com. Também foi disponibilizado um abaixo-assinado organizado pelo Movimento Acredito MS destinado aos cidadãos interessados em apoiar o projeto.