Quatro cidades atendidas, 200 projetos de agricultura sustentável e mais de mil pequenos produtores rurais atendidos são alguns dos números da Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Pais), projeto que é realizado entre Banco do Brasil, Serviço de Atendimento à Micro e Pequena Empresa (Sebrae/MS) e Ministério da Integração Nacional, que visa fomentar a produção sustentável de hortifrutigranjeiros, garantindo sustento e renda para Mato Grosso do Sul.
Até agora, apenas agricultores familiares de Campo Grande, Sidrolândia, Jaraguari e Terenos estão sendo atendidos pelo programa, mas a intenção é abranger todo o Estado. “O sistema funciona em anéis produtivos, com a produção de aves, frutas, legumes e verduras, garantindo não apenas a venda, mas também o sustento dos animais, sendo que, aqueles produtos que não tiverem qualidade de consumo, podem ser usados como alimento para os animais”, destaca o gerente de desenvolvimento sustentável do BB, Miguel Honório.
O custo de implantação de um projeto como esse é de no máximo R$ 3,5 mil garantindo uma renda de até R$ 2 mil ao pequeno produtor. “Não se exige uma grande área, podendo ser de no mínimo meio hectare. Como a produção é feita através de um sistema de anéis, pode-se, um mesmo produtor cultivar aves, verduras, legumes e frutas, sem dependes exclusivamente de nenhum. Assim, se um produto está em baixa no mercado, ele pode optar pela produção de outro e por isso é sustentável”, afirma o diretor presidente da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), José Antônio Roldão.
O programa é financiado pelo Banco do Brasil através da Fundação BB e quer fortalecer a produção de hortifrutigranjeiros, tornando o Estado competitivo nesse setor. “Hoje, 80% de todas as frutas, verduras e legumes que consumimos aqui em MS vem de São Paulo ou Paraná e a agricultura familiar no Brasil é responsável por 70% dos alimentos consumidos, então temos que fomentar isso no Estado”, analisa Roldão, dizendo que “somos deficitários na produção de hortifrutigranjeiros, mas temos condições de suprir a demanda”.
Os hortifrutigranjeiros serão comercializados na Central de Abastecimento (Ceasa) e “o que nos falta é apenas agregar o sistema produtivo”, defende Roldão.
Estrutura
Para garantir a sustentabilidade do PAIS, é necessário que se busque um mecanismo que integre a produção vegetal e animal e isso só é possível através de canteiros, um galinheiro e o quintal agroecológico. Segundo a cartilha do Sebrae sobre o programa, é necessário um terreno de 5 mil metros quadrados de área para uma família de cinco pessoas produzirem os hortifrutigranjeiros.
O galinheiro fica no centro dos anéis, com capacidade de no mínimo 11 aves e os outros canteiros são feitos ao redor do galinheiro. A irrigação das culturas é feita por gotejamento, garantindo economia de água e, além disso, são utilizados apenas adubos naturais para o cutivo.
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