A projeção positiva da pecuária de corte em 2010 alavancou os negócios das indústrias do setor, que esperavam fechar o ano com resultados positivos. Com o preço da arroba ultrapassando R$ 110, os produtores atentos às oportunidades aproveitam o período de euforia e de demanda aquecida para investir na adubação da pastagem, em tecnologia de ponta e na compra de produtos de qualidade para a saúde dos animais.
O mercado de saúde animal prevê crescimento acima de 11% em 2010, segundo dados do Sindan. A Ourofino, indústria farmacêutica veterinária nacional, obteve mais de 25% de crescimento neste setor, e somando a sua atuação em outras áreas do agronegócio, terminará o ano com crescimento acima de 30% em comparação a 2009.
“Durante a crise financeira mundial o preço da arroba caiu e houve escassez de animais. Agora o mundo se recuperou, a demanda aumentou, mas a oferta está reduzida. Esse é o momento de investimento no campo”, diz o gerente de mercado de bovinos da Ourofino, Maurício Morais.
Uma das grandes preocupações do Ministério da Agricultura é exatamente o investimento em saúde animal e, principalmente, em vacinação. Segundo a Globo Rural Online, a partir do momento em que conseguir o selo de país livre de febre aftosa, o Brasil poderá ganhar mercados na Ásia, na Oceania e ampliar a participação na Europa.
“O pecuarista tem consciência de que o investimento com sanidade não é tão alto, principalmente quando comparado a outras despesas. Quem sabe gerenciar, percebe facilmente que não é economizando em saúde animal que obterá lucro. É justamente o contrário”, afirma o engenheiro agrônomo e diretor da Scot Consultoria Alcides Torres.
