Quarta-feira, 16 de Abril de 2008, 18h:22 -
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Assessor técnico da Famasul analisa descapitalização do setor agrícola
Sato Comunicação (VN)
A colheita de soja da safra de verão em Mato Grosso do Sul deve sofrer queda de 10% em relação a safra 2007/2008. Os produtores do Estado enfrentam problemas causados pelas doenças relacionadas ao excesso de chuva. Em São Gabriel do Oeste, a 149 quilômetros de Campo Grande, a ferrugem asiática deve ser responsável pela perda de 100 mil toneladas de soja, desempenho 40% inferior ao do ano passado. No último dia 11, o município foi pressionado pelos produtores a decretar situação de emergência.
Durante os 90 dias de validade do decreto, os agricultores que não conseguiram quitar seus débitos de financiamento bancário serão amparados pela Justiça. Os produtores de São Gabriel do Oeste têm acumulado dívidas desde 2003, quando a seca atingiu as lavouras. “Os agricultores vêm cobrin do apenas os custos de produção há vários anos e ficaram descapitalizados”, analisa Lucas Galvan, assessor técnico da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul). As perdas no campo podem prejudicar a economia local e a safrinha do milho, cultivada entre janeiro e abril.
As propriedades rurais do Estado adotaram a partir de 2007 o sistema de “vazio sanitário”, que consiste em erradicar todas as plantas de soja existentes na propriedade por meio de produtos químicos ou equipamentos entre 1º de julho e 30 de setembro. Segundo especialistas, isso reduz gastos com defensivos agrícolas e minimiza o impacto causado pela doença.
Nem mesmo a aplicação desta medida foi capaz de diminuir os danos causados pela ferrugem asiática nas lavouras do município. “Não foi possível fazer o controle utilizando fungicidas em São Gabriel do Oeste devido às chuvas”, lamenta o assessor da FAMASUL, e conforta o produtor quanto às negociações das dívidas agrícolas: “A FAMASUL tem representantes nos