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Rural Quinta-feira, 05 de Fevereiro de 2009, 18:23 - A | A

Quinta-feira, 05 de Fevereiro de 2009, 18h:23 - A | A

Ataque de queixadas em Brasilândia preocupa agricultores e ambientalistas

Da Redação

Eles chegam silenciosos e ao cair da tarde. Vêm aos bandos de 30, 40, às vezes mais. Atacam roças de mandioca, milho e feijão. Ninguém ousa enfrentá-los. O que os afugenta são bombas de fogos de artifícios, recurso dispendioso que os agricultores têm usado para afastar o prejuízo causado por estes animais que lhes furta a subsistência.

Foi por esta razão que no dia 22 de janeiro último, o agricultor João Brito de Souza reuniu os membros da Associação de Produtores Agroecológicos de Subsistência Familiar, do Reassentamento Santana e Santa Emília, no município de Brasilândia-MS para discutir sobre este problema.

A reunião contou com a participação da bióloga chefe do Departamento de Estudos e Pesquisas do Instituto Cisalpina, Profª Floriana Débora de Souza Ladeia, que conversou com os pequenos agricultores daquela comunidade ajudando-os a encontrar uma saída para o problema. Relatam os agricultores que nos últimos dias manadas de porcos do mato (queixadas) têm invadido suas roças causando graves prejuízos financeiros àquela comunidade.

Os agricultores já comunicaram o fato à Delegacia de Polícia Civil e ao Promotor de Justiça da Comarca de Brasilândia. Também à SEMA/Três Lagoas-MS e o IBAMA foram comunicados, tendo havido a promessa de que seriam enviados técnicos ao local para vistoriar e avaliar os prejuízos causados.

A pedido dos agricultores, o Instituto Cisalpina, através de seu presidente, o advogado e médico veterinário Dr. Carlos Alberto dos Santos Dutra, enviou correspondência à CESP que é a proprietária da área de mais de 6 mil hectares onde os animais se encontram, no sentido de intermediar uma solução amigável para o caso.

Entre as sugestões apresentadas está a contenção dos animais e a construção de cercas de telas nas áreas de plantio. As palavras do Sr. João Brito de Souza, um dos mais prejudicado pelo ataque dos animais, se, por um lado revelam que “é preciso preservar a natureza, evitando o abate dos animais”, por outro lado, reconhece que “também precisamos encontrar uma solução para os prejuízos financeiros que tivemos”, concluiu. Ficou decido que o Instituto Cisalpina irá propor à CESP a realização de uma reunião urgente com os agricultores para resolver o problema. Fonte: Jornal Dia a Dia

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