Atividade produtiva da celulose proporcionou crescimento em Mato Grosso do Sul, quando a Fibria (atualmente da Suzano), uma das maiores fábricas de papel,se instalou em Três Lagoas, em 2009, com capacidade de produção de 1,3 milhão de toneladas de celulose por ano. Logo em seguida chegou a Eldorado Brasil, que começou a operar em 2012, com capacidade produtiva de 1,7 milhão de toneladas.
A Eldorado Brasil possui uma fábrica em Três Lagoas e mais de 200 mil hectares de florestas plantadas no Estado, conta com a força de trabalho de 5,2 mil colaboradores e dispõe de 150 vagas para início imediato.
Já a Suzano anunciou nova fábrica em Ribas do Rio Pardo. De acordo com a empresa, o empreendimento que soma R$ 14,7 bilhões em investimentos é um dos maiores projetos privados em curso no Brasil e, quando finalizado, será a maior linha de produção de celulose do mundo. A expectativa é que a Unidade, batizada de “Projeto Cerrado”, se torne referência devido a sua localização geográfica em Mato Grosso do Sul, e a capacidade de ampliar em aproximadamente 20% a produção de celulose da Suzano.
O empreendimento prevê a geração de cerca de 10 mil empregos diretos durante a construção da fábrica, e outros 3 mil finalização das obras, serão contratados colaboradores próprios e servidores terceirizados com intuito de movimentar a cadeia econômica regional.
A nova unidade da Suzano irá contribuir para o aumento da oferta de geração de energia renovável no Brasil e será a primeira fábrica do setor de papel e celulose no Brasil considerada livre de combustível fóssil, efetivando assim o compromisso de promover a sustentabilidade.
“Nosso governo preparou Mato Grosso do Sul para diversificar sua economia e se transformar em um novo celeiro de oportunidades de negócios. Temos investido em infraestrutura e, com isso, garantido competitividade às nossas commodities. Nosso programa de incentivos fiscais tem gerado milhares de empregos e atraído mais indústrias, mantendo o ritmo do crescimento econômico uniforme em todo o Estado. O anúncio da Suzano de construção da fábrica em Ribas do Rio Pardo demonstra que estamos no caminho certo, transformando Mato Grosso do Sul em um Estado de oportunidades para todos, com sustentabilidade e qualidade de vida para nossa população”, ressaltou o governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
Três Lagoas
A cidade de Três Lagoas é conhecida internacionalmente como a "Capital Mundial da Celulose". A produção de celulose na cidade tem conquistado espaço no cenário mundial. Em 2020, a empresa Eldorado Brasil exportou 48% da sua produção para a Ásia, fechando o quarto trimestre com lucro líquido de R$ 641 milhões. O crescimento registrado foi de 528% sobre o mesmo período de 2019, quando foram obtidos R$ 104 milhões. A cidade atualmente corresponde, atualmente, a 50% da exportação industrial de Mato Grosso do Sul, sendo os principais itens a celulose e o farelo de soja, além do crescimento de importação de materiais têxteis, cereais e siderurgia.
Divulgação
Pelo projeto de lei de doação da área, a estatal teria até 27 de março de 2018 para concluir a fábrica
Fertilizantes
UFN3
A fábrica de fertilizantes tinha gerado a expectativa de transformar o Estado no maior produtor de insumos nitrogenados para atender a agropecuária do País. Mas, após anos parada começou a gerar temor, ainda mais com a desistência dos russos que estavam em fase final de negociação. A UFN 3 é uma unidade industrial de fertilizantes nitrogenados localizada em Três Lagoas, que teve início das obras em setembro de 2011, sendo interrompida em dezembro de 2014, com avanço físico de cerca de 81%. Após concluída, a unidade terá capacidade projetada de produção de ureia e amônia de 3.600 t/dia e 2.200 t/dia, respectivamente.
Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina (DEM), recebeu do vice-presidente da empresa russa Acron - produtora global de fertilizantes minerais complexos - Vladimir Kantor, a garantia de aumento de ao menos 10% das exportações de fertilizantes para o Brasil. Durante a reunião, também foi discutido o interesse da Acron na aquisição dos ativos da Petrobras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-3), em Três Lagoas.
O projeto da Petrobras, concebido para garantir ao Brasil a autonomia na produção de fertilizantes nitrogenados, foi interrompido em dezembro de 2014, quando 83% das obras já haviam sido concluídas, por ilegalidades apontadas pela Operação Lava Jato.
Em 2019, a Petrobras anunciou que não pretendia mais atuar no negócio de fertilizantes e que venderia os ativos da UFN-3. Começou então a negociação da planta industrial com o grupo russo Acron pretendia comprar a fábrica por quase R$ 8 bilhões, tendo como sócia, a estatal boliviana YPFB, que ficaria com 12% das ações da UFN-3 e ainda seria a fornecedora de gás natural para a planta industrial. Mas a instabilidade política no país vizinho fez a russa Acron, que já contava inclusive com a garantia de incentivos fiscais, desistir do negócio.
Tereza Cristina reuniu-se ainda com outros empresários do setor de fertilizantes. Do CEO da PhosAgro, Andrei Guryev, ouviu a promessa de que o Brasil pode contar com a parceria da empresa russa para garantir o fornecimento de fertilizantes. Do CEO da EuroChem, Andrei Guryev, ouviu os planos de investimentos da empresa para aumentar a produção do insumo no Brasil.