Organizada pelos representantes dos sindicatos rurais do Mato Grosso do Sul e pela Federação de Agricultura e Pecuária do MS (Sistema Famasul), a caravana, formada por aproximadamente 450 produtores, participa nesta quarta-feira (8) de uma mobilização que ocorrerá em Brasília.
A mobilização acontece em frente à Câmara dos Deputados durante a audiência pública na qual a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, atende convocação da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e desenvolvimento rural.
Os produtores pedem transparência nas ações da Fundação Nacional do Índio (Funai) na questão de demarcações de terras. . “A preocupação e a ansiedade no campo é grande. Nós vemos a Funai fazendo demarcações em áreas produtivas e legalizadas”, lamenta o presidente da Famasul, Eduardo Riedel.
Segundo a entidade, a intenção da Funai é demarcar como indígena uma área que representa 22% do Estado, abrangendo 28 municípios do Conesul. Essa área responde por 25% do Produtor Interno Bruto (PIB) e 60% da produção de soja de Mato Grosso do Sul.
A finalidade da audiência é ouvir da ministra esclarecimentos acerca da identificação e delimitação das terras indígenas no Brasil. De acordo com a Famasul, o problema indígena não é uma questão social que não se resolve com ampliação das aldeias.
“Entendemos a situação de descaso que as comunidades indígenas vivem atualmente. Mas a Funai adota uma diretriz muito equivocada na solução do problema”, considera Riedel.