Chuvas esparsas na maior parte do cinturão produtor de grãos da Argentina no fim de semana deram algum alívio às lavouras que estão sofrendo com o tempo seco severo, mas não foram suficientes para aliviar a seca. Na província de Córdoba, Santa Fé e Buenos Aires, as chuvas no fim de semana somaram apenas de 3 a 19 milímetros, segundo a Meteorlogix. Além disso, há previsão de mais calor e tempo seco esta semana, o que deve prejudicar ainda mais o desenvolvimento das lavouras de soja.
Os produtores de soja na Argentina continuam se esforçando para enfrentar a seca, com o plantio praticamente paralisado, já que os agricultores não conseguem plantar as sementes no solo ressecado, segundo relatório de sexta-feira da Secretaria de Agricultura. Os preços internacionais da soja estão subindo impulsionados pela seca que afeta lavouras no cone sul da América do Sul. Os mercados internacionais acreditam que a Argentina fornecerá 19% das exportações globais de soja e 49% das exportações de farelo de soja este ano.
No distrito de Pehuajo, na província de Buenos Aires, "é crucial que chova logo. No geral, o panorama é crítico", afirmou a secretaria. A situação está pior no norte do país. No distrito de Rosario del Tala, na província de Entre Rios, "o plantio foi interrompido. Alguns produtores começarão a plantar novamente nas áreas que foram favorecidas por chuvas recentes, mas outros simplesmente suspenderam o plantio", acrescentou a secretaria.
Até sexta-feira passada, produtores haviam plantado 89% de 17,8 milhões de hectares previstos para soja, em comparação a 96% no mesmo período do ano passado. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima que a Argentina irá colher um recorde de 50,5 milhões de toneladas de soja este ano, mas observadores locais afirmam que essa projeção é extremamente otimista. (Fonte: Agênica Estado)
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