As exportações brasileiras do agronegócio deverão chegar a US$ 57,0 bilhões em 2007, com aumento de 15,4% em relação ao total exportado de US$ 49,4 bilhões no ano passado. A projeção é da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), que aponta os setores de carnes e do complexo soja como os principais responsáveis pelo saldo favorável da balança comercial da agropecuária.
O saldo final da balança projeta um saldo de US$ 48,4 bilhões, com aumento de 13,3% em relação ao ano passado, de US$ 42,7 bilhões. Desde o ano 2000, os indicadores da balança comercial do agronegócio vêm repetindo recordes: as exportações cresceram 176% e as importações 46,6%. “O crescimento mais acelerado das exportações resultou no incremento de 226,7% do saldo comercial”, afirmou o assessor técnico da Comissão Nacional de Comércio Exterior, Antônio Donizeti Beraldo.
O conjunto das carnes registrou crescimento de 31,1% nas exportações de janeiro a outubro deste ano, devido aos aumentos de 18,0% no volume exportado e de 11,1% nos preços internacionais, totalizando US$ 9,16 bilhões. O crescimento mais expressivo ocorreu no segmento da carne de frango, cujas exportações aumentaram 44,8%, somando US$ 3,72 bilhões no período. Para Donizeti, “em 2007, as exportações de carne de frango deverão superar as exportações de carne bovina”. Segundo o assessor técnico, este bom desempenho se deve tanto ao aumento de 19,0% do volume exportado, como da elevação de 21,7% dos preços internacionais pagos pelo produto.
Quanto ao complexo soja, as exportações bateram novo recorde, com aumento de 22,7%, totalizando US$ 10,17 bilhões. Donizeti estima que “a soja continuará sendo o principal item da pauta exportadora do agronegócio no ano que vem”. Contribuiu para esse desempenho o aumento da demanda mundial pelo produto, que elevou em 24,6% os preços internacionais. A colheita de uma safra recorde de 57,55 bilhões de toneladas, 7,8% maior do que a anterior, garantiu a liderança brasileira no setor. As estimativas da CNA indicam, também, que o milho passará a ser um item representativo da pauta exportadora da agricultura nacional.
O aumento do consumo interno de milho nos Estados Unidos para a produção de etanol e a conseqüente redução das exportações abriram novo espaço para o milho brasileiro no mercado internacional. As exportações do produto já aumentaram 300,5% até outubro, atingindo o inédito valor de US$ 1,47 bilhão. Também merece destaque o crescimento de 11,8% das exportações dos produtos florestais. No caso do suco de laranja, o aumento de 34,2% nas cotações internacionais explica a elevação de 59,2% das exportações do produto brasileiro, ocasionada por problemas climáticos ocorridos na Flórida, Estados Unidos.
O café também registrou expansão de 18,8% das exportações no período, totalizando US$ 3,15. bilhões. Segundo as projeções da CNA, as importações deverão aumentar 26,9% este ano, alcançando US$ 8,5 bilhões. De janeiro a outubro, registrou-se um crescimento de 31,1%, chegando a US$ 7,05 bilhões, devido ao câmbio favorável, que barateou o custo dos produtos importados, e à elevação de 52,7% nas importações de trigo. Com informações da CNA. (Com informações do Bonito News )