Com parte da economia voltada para a pecuária, o municiípio de Aparecida do Taboado atualmente tem sido sede de pesquisas sobre a viabilidade do cultiva de soja. De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), a Fundação Chapadão e sindicatos rurais plantaram 35 cultivares da oleaginosa e os primeiros resultados foram apresentados durante o Tour Integração Lavoura Pecuária e Floresta (ILPF), na propriedade Ayres da Cunha, nessa sexta-feira (21).
Esta é a primeira vez em Aparecida do Taboado que cerca de 400 hectares são destinados à semeadura de diferentes variedades de soja. “Antes não cultivávamos devido o clima inapropriado para a agricultura e as poucas informações que tínhamos sobre as tecnologias adequadas”, afirma o produtor rural, Ayres Cunha Marques, que disponibilizou a área para o desenvolvimento das pesquisas.
Marques, que já pratica a piscicultura e a pecuária,investiu em três pivôs de irrigação, que jorram na lavoura cerca de 1,5 milhão de litros de água por hora. Isto por causa das altas temperaturas que atingem a região Leste de Mato Grosso do Sul, muitas vezes acima de 40 graus. “É um desafio, irrigação exige além de investimento, manutenção e mão de obra especializada”, retrata o produtor rural.
Para o presidente da Associação dos Produtores de Soja de MS (Aprosoja/MS), Mauricio Saito, a diversidade de culturas praticadas na região refletirá outros setores. “Com muita pesquisa, a viabilidade da soja se tornará aparente em Aparecida do Taboado, que é habitada por produtores eficientes que modificaram o cenário rural do município nos últimos 10 anos. Caso sucedida a agricultura, a geração de renda e emprego refletirá em todos os outros setores”, avaliou Saito, novo presidente da Aprosoja/MS.