Produtores do setor de silvicultura, diretorias de associações do agronegócio e pesquisadores participaram do lançamento do 3º Congresso Florestal de Mato Grosso do Sul na manhã desta sexta-feira (22) na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famasul).
O MS Florestal será realizado nos dias 9, 10 e 11 de abril em Bonito e pretende reunir 500 participantes. Ao todo serão 15 palestras, 20 expositores e 25 patrocinadores.
O principal objetivo do congresso deste ano será discutir a competitividade do setor produtor da madeira no Estado. Os debates prometem encontrar alternativas para reduzir os custos de produção do setor, que hoje é a principal preocupação dos produtores.
De acordo com o presidente da Famasul, Eduardo Riedel, o congresso cumpre o papel de informar e qualificar o setor. “Temos que conhecer a realidade atual para projetar um cenário positivo no futuro”.
Riedel afirma ainda que apesar de crescente, a expansão no setor é moderada. “A agropecuária é a base da economia do nosso Estado e temos que conhecer o cenário atual para avançar mais ainda. Estamos em um momento positivo, mas com pequenos sustos. Precisamos criar políticas de longo prazo para evitar problemas”.
Segundo o presidente da Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore MS), Junior Ramires, atualmente o Estado possui 612 mil hectares de florestas plantadas. O número equivale a 1,7% de todo o território de Mato Grosso do Sul.
“Nosso objetivo é atingir 1 milhão de hectares até 2020, se continuarmos nesse ritmo de desenvolvimento podemos chegar lá”, afirma Ramires.
Expansão com cautela
Apesar do crescimento positivo de 20% a 30% nos últimos 5 anos e a instalação da maior fábrica de celulose do mundo em linha única, o setor enfrenta dificuldades para continuar em expansão.
Segundo o presidente da Reflore, o aumento do custo de produção preocupa os produtores. Os valores praticados em Mato Grosso do Sul são semelhantes aos custos internacionais da madeira.
“Nossos maiores problemas são o custo da mão-de-obra especializada e dos insumos agrícolas, principalmente o adubo. A logística para o escoamento da produção e a tributação também são gargalos que freiam nosso crescimento”, afirma.
A solução para que a realidade que começa a ser desenhada para os próximos anos mude são as ações que o Governo pode tomar para auxiliar o setor, segundo o presidente da Reflore. “Existe uma discussão com o Governo Federal para melhorar esses gargalos. Precisamos de incentivos para competir com outros mercados”, explica Ramires.
Mato Grosso do Sul é o 4º no ranking brasileiro da produção de eucalipto. Já no ranking da cultura do Pinus, o Estado é o 7º colocado.
Mais informações sobre o MS Florestal e inscrições podem ser conferidas neste link.