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Rural Segunda-feira, 16 de Dezembro de 2019, 14:58 - A | A

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Genética

Debate aponta potencialização genética como futuro da agropecuária tropical

Este caminho deve ser seguido não só pela agricultura, mas também pela pecuária de corte, de leite e outras cadeias produtivas

Laryssa Maier
Capital News

Ariosto Mesquita/ Assessoria

Este caminho deve ser seguido não só pela agricultura, mas também pela pecuária de corte, de leite e outras cadeias produtivas

Debate reuniu técnicos e convidados no centro de eventos do Hotel Royal Palm Tower em Indaiatuba, SP

Na última quarta-feira (11) em um debate na  programação da Agri Contech, em Indaiatuba, SP, temperaturas apontaram um grau centígrado em média mais alta nos últimos anos, e estão exigindo desenvolvimento de novas opções de cultivares adaptadas a ambientes de alta variação térmica, em geral mais quentes e secos. Analistas apontou que este caminho deve ser seguido não só pela agricultura, mas também pela pecuária de corte, de leite e outras cadeias produtivas tropicais.

 

De acordo com Jean Landivar, diretor da Agricomseeds, multinacional latino-americana produtora de sementes, a genética tem de se adaptar a uma realidade de aquecimento global. “Este é o grande desafio das atividades produtivas rurais nos trópicos”, observa. Ele cita como exemplo, o desempenho do milho em diferentes ambientes, como no Brasil, onde a produtividade dificilmente ultrapassa a casa de seis toneladas (t) por hectare (ha) enquanto a Argentina registra em torno de 8 t/ha e os EUA atingem perto de 11 t/ha.

 

Segundo assessoria, pensando neste aspecto, a empresa, com sede em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e presente em 14 países, pretende aumentar a oferta e apresentar novas cultivares de milho e sorgo, com propriedades das mais diversas, e não transgênicas. Dentre eles híbridos rústicos e tolerantes a estresse hídrico, grãos de maior tamanho e espigas com maior número de fileiras em relação ao milho convencional. A tecnologia Leadgrain, por exemplo, já é disponível no Brasil e permite o desenvolvimento de espigas com 50% a mais de fileiras de grãos (de 16 para 24 linhas).

 

O debate durante a Agri Contech, que reúne até agora técnicos e representantes da Agricomseeds e convidados de  cinco países (Brasil, Paraguai, Colômbia, Bolívia e Uruguai.), apresentou relatos de experiências de utilização da tecnologia boliviana (sorgo e milho) para diversos fins pelo Brasil. Dentre eles na oferta de volumoso para bovinocultura de corte, cobertura (palhada) para a agricultura, na melhoria da qualidade do solo, na produção de energia e até mesmo na fruticultura (estruturação de áreas para cultivo de melão). Também começa a ser estudada a possibilidade de uso do sorgo gigante boliviano (Agri 002E) para o pastejo direto de bovinos.

 

 

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