Os desafios da produção da carne bovina e o abastecimento do mercado global foram assuntos discutidos no 10º Congresso sobre Manejo e Nutrição de Bovinos, em Campo Grande. O evento tem como objetivo debater o manejo de pastagem, estratégias de suplementação na engorda de bovinos, pecuária sustentável, nutrição mineral e o impacto da emissão de gases de efeito estufa.
Durante palestra, o vice-presidente executivo do Sindicato Nacional Indústria de Alimentação Animal, Ariovaldo Zani, destacou a necessidade de planejamento para a distribuição e também do aumento da produção visando o mercado internacional.
“Hoje, nosso maior problema não é a quantidade do que produzimos, até porque temos uma produção que supera nossa demanda. Nosso gargalo é a distribuição irregular e a baixa capacidade de compra do consumidor. Mas, como seremos 9 bilhões de pessoas no mundo até 2050, precisamos de tecnologia para aumentar nossa produção”, analisa.
Ariovaldo também enfatizou que a produção de carne brasileira aumentará 22% até 2020. “Temos extensão territorial e capacidade técnica para atender os requisitos mais exigentes do mercado internacional”, aponta. Segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, são consumo mundialmente 228 milhões de toneladas de alimentos. Para atender a demanda em 2050, a produção terá que alcançar 488 milhões de toneladas. “Investir em tecnologia para garantir maior produtividade é o caminho”, finaliza.
Na abertura do evento, o presidente da Famasul, Eduardo Riedel ressaltou o trabalho feito no Estado para alavancar a produção. “Os investimentos em sanidade, manejo e nutrição animal têm garantido qualidade a carne do estado, mas é preciso superar desafios para nos tornarmos o maio produtor nacional”, afirmou.
(Com informações da assessoria da Famasul)