Precisamos de instituições modernas. Não podemos tolerar interferências ideológicas se quisermos ser grandes”. A afirmação deu o tom do discurso do presidente da Federação da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Eduardo Riedel, durante a cerimônia de posse da nova diretoria da entidade, na noite desta sexta-feira (10). O evento lotou o Buffet Grand Mére Buffet e contou com a presença das principais lideranças do setor do agronegócio do Estado, entre elas o senador Waldemir Moka.
Riedel assume efetivamente como presidente eleito – com 100% dos votos – depois de estar à frente da entidade como presidente interino desde 2010. Em seu pronunciamento, fez menção ao progresso do agronegócio brasileiro, referindo-se ao crescimento de 247% da produção de grãos nos últimos 35 anos. Nesse período, e com o aumento de apenas 31% da área cultivada, o País elevou a produtividade média em 151%. “Agora vamos trabalhar para conquistar um novo campo”, disse, elencando uma agenda de proposições e citando o empenho da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em conduzir politicamente as questões relacionadas ao setor, tal como o Código Florestal e a adoção da Área de Preservação Permanente (APP) mundial. “Os produtores brasileiros têm um ativo e não um passivo ambiental”, sustentou, elencando práticas sustentáveis.
Ao passar a presidência, Ademar Silva Junior, ressaltou o fortalecimento sindical como um dos fatores para o crescimento do agronegócio no Estado. “Estar a frente de um sistema sindical tão presente foi um desafio, mas pude contar com o comprometimento de cada parceiro, de cada produtor rural, para a evolução produtiva e econômica de Mato Grosso do Sul”, afirmou.
O representante da CNA na cerimônia, vice-presidente da entidade e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia, João Martins, elogiou a atuação do sindicalismo rural do Estado. “Mato Grosso do Sul é exemplo de sindicalismo moderno. Aqui o sindicalismo se faz com competência e compromisso”, enfatizou, destacando que a Riedel cabe um desafio maior que seus antecessores pelo papel que o agronegócio brasileiro vem obtendo em âmbito mundial.
“Aqui as pessoas vêm, dão sua contribuição e deixam espaço para que outras cabeças pensem”, respondeu ao elogiar a secretária de Produção e Turismo, Tereza Cristina da Costa, valorizando a dinâmica do sindicalismo e os resultados que este traz para o setor pelo revezamento na sua gestão e pelo entrosamento das instituições que fazem parte do agronegócio do Estado.
Eduardo Riedel assume para um mandato de 3 anos, coordenando uma equipe composta pelo ex-dirigente do Sindicato Rural de Bonito e agora vice-presidente da Famasul, Nilton Pickler, pelo presidente do Sindicato Rural de Campo Grande e agora diretor-secretário, Ruy Fachini, e pelo presidente da Associação de Produtores de Soja de MS (Aprosoja) e diretor-tesoureiro, Almir Dalpasquale.