Empresários paranaenses querem operar o frigorífico Campo Oeste, fechado em setembro de 2008 em Campo Grande, mas estariam encontrando resistência por parte do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, já que aquela unidade é alvo de ações tanto do Estado como pela iniciativa privada, devido a problemas com o fisco e ao não pagamento a fornecedores e de salários de trabalhadores, segundo informou ao Capital News o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Campo Grande, Rinaldo Salomão.
Segundo ele, são 380 novas oportunidades de trabalho que esse novo grupo pretende contratar para reativar aquelas instalações, “e isso não podemos deixar passar. Precisamos empregar nossos trabalhadores, muitos deles desempregados desse mesmo frigorífico, fechado no ano passado”, comentou o sindicalista. Ele reconhece que o Estado, fornecedores (representados pela Famasul) e até os próprios trabalhadores (que também movem ação contra a empresa acusada de ser dirigida por laranjas) precisam receber recursos do Campo Oeste, mas nem por isso o estabelecimento precisa ficar fechado, estragando os equipamentos.
“Se um novo grupo pretende assumir a empresa, o governo deveria facilitar para que isso ocorresse sem perder de vista as ações contra os responsáveis pelos prejuízos aos cofres públicos; pagamento de fornecedores e salários e demais direitos trabalhistas dos empregados que ficaram a ver navios”, comentou Rinaldo.O sindicalista informou também que o grupo paranaense interessado em assumir o Campo Oeste é ligado ao frigorífico Beef Nobre, que opera em Maringá/PR.
