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Rural Quarta-feira, 22 de Agosto de 2012, 13:14 - A | A

Quarta-feira, 22 de Agosto de 2012, 13h:14 - A | A

Estoque de machos deve manter mercado da pecuária equilibrado em 2013, diz Famasul

Neide Fischer - Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

O estudo da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) sobre a perspectiva de oferta de gado de corte macho para abate no estado constata que o volume desses animais disponíveis para abate em 2013 deve manter o mercado da pecuária equilibrado.

De acordo com a análise, mesmo com queda de 15,5% no estoque nos últimos três anos, a perspectiva é de estabilidade de preços, que podem variar apenas em função da demanda de mercado interno e externo.

De 3,8 milhões de machos abatidos em 2009, o Estado deve chegar a 3,1 milhões de cabeças prontas para o abate em 2013. De 2009 para 2011 o estoque de animais para abate reduziu significativamente e com isso os preços atingiram valores recordes ao final de 2010.

A partir de 2011 o estoque de animais para abate se estabiliza no Estado e com isso a variação nos preços se dá muito mais em função do comportamento da demanda, tanto no mercado interno como externo.

Já em 2012, os preços seguem pressionados em grande parte pela participação de fêmeas nos abates, que no primeiro semestre do ano foi de 50,2% no Mato Grosso do Sul. Em relação à quantia de fêmeas abatidas em 2011, o ano de 2012 já acumula um crescimento de quase 30%.

O estudo aponta que o abate dos animais machos na faixa etária entre 24 a 36 meses teve crescimento de 12% nesse semestre, atingindo 463,2 mil enquanto o primeiro semestre de 2011 registrou abate de 416 mil.

Em relação aos animais machos acima de 36 meses houve redução de 4%, de 599,7 mil cabeças de janeiro a junho de 2011 para 575,2 mil cabeças no mesmo período de 2012.

Segundo análise de técnicos Famasul, o Estado está abatendo mais precocemente seus animais e isso mostra avanço em produtividade.

Com relação ao mercado, a oferta machos não garante altos preços para o setor. “O que vai impactar nos preços é a demanda. É o mercado interno e externo que vai determinar a rentabilidade da pecuária”, diz Adriana Mascarenhas, economista e assessora técnica da Famasul.
 

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