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Rural Segunda-feira, 25 de Maio de 2009, 18:03 - A | A

Segunda-feira, 25 de Maio de 2009, 18h:03 - A | A

Famasul alerta para riscos da importação de gado paraguaio

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

Os riscos da possível importação de animais em pé do Alto Paraguai para abate no Estado assusta pecuaristas de Porto Murtinho e Bela Vista, cidades vizinhas ao Paraguai. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS – FAMASUL, Ademar Silva Junior, posicionou-se contra a importação por razões econômicas e sanitárias.

 

A FAMASUL articula reunião com produtores rurais para discutir problemas de transporte e estrutura que inviabilizam a importação, apontados em estudo da instituição. O encontro é na quinta-feira (28), às 14 horas.

 

O presidente do Sindicato Rural de Porto Murtinho, Italívio Coelho Neto, teme que a importação “gere expectativa de excesso de oferta e derrube os preços da arroba” em Porto Murtinho. “Ela [a vinda de gado do Paraguai] é perigosa também na questão da sanidade porque a faixa vizinha ao Alto Paraguai não está com a ZAV [Zona de Alta Vigilância] concluída, não temos garantia de nada”, afirma Coelho Neto.

 

O site da prefeitura de Porto Murtinho informa que o prefeito Nelson Cintra (PSDB) “viaja no dia 28 ao Paraguai” com a secretária de produção e turismo de MS, Tereza Cristina Correa da Costa, “para manterem contato com ministros de Estado e autoridades sanitárias paraguaias visando abertura da comercialização do gado da região do Alto –Paraguai para ser abatido , no lado brasileiro, em Porto Murtinho, no Frigorífico Marfrig”. O firgorífco voltou a abater na cidade no último dia 25.

 

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Produção e Turismo de MS- Seprotur, pecuaristas de Porto Murtinho pediram que a secretária verificasse a legalidade do abate de gado do Alto Paraguai na região, porém não há na agenda de Tereza Cristina compromissos a respeito do assunto no Paraguai no período. O pedido foi levado ao Ministério da Agricultura.

 

“E agora que o preço da arroba começou a reagir!”, desabafa o presidente do Sindicato Rural de Bela Vista, Francisco Cintra, que diz ter “informações que existem bois sem brinco [objeto que torna possível a rastreabilidade do animal] na região do Alto Paraguai”, o que deixaria claro o risco de importação de animais do país vizinho.

 

Conforme o presidente da FAMASUL, o Marfrig não tem desossa o que gera uma preocupação quanto à sanidade animal ainda maior para a pecuária brasileira. “A Fronteira já sofre com os altos custos da produção pecuária e a movimentação de carne sem desossa pelo Estado de outro país gera uma preocupação não só para MS como também para o resto do País”, alertou Silva Junior.

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