Uma das maiores entidades ruralistas do Estado, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) preparou um documento demonstrando os efeitos negativos dos processos administrativos de identificação e demarcação de terras indígenas e a publicação de portarias pela Fundação Nacional do Índio (Funai). A entrega desse documento foi feita nesta segunda-feira (4), no Show Rural Coopavel, em Cascavel (PR), pelo presidente da Famasul, Eduardo Riedel, à presidente Dilma Rousseff.
Segundo a Famasul, se atendida a pretensão da Funai para a demarcação das Terras Indígenas I, II e III, o município de Coronel Sapucaia, por exemplo, terá 53,1% do seu território transformado em reserva indígena.
No documento, a Famasul defende que a tese de que a contínua formação de Grupos de Trabalho nos processos administrativos de identificação e demarcação de terras indígenas e a publicação de portarias pela Funai tem provocado insegurança jurídica nos produtores rurais e fomentado frequentes invasões de propriedades privadas em áreas de grande produtividade agropecuária de Mato Grosso do Sul.
Dilma demonstrou conhecer a movimentação em torno de novas demarcações e se mostrou sensível aos impactos gerados nos municípios ao Sul do Estado. “A presidenta foi muito receptiva e reagiu com a sensibilidade de quem já acompanha o dilema da insegurança trazida pela pretensão de novas demarcações e pelas invasões de propriedade. A presidenta se mostrou comprometida em buscar soluções para a questão”, disse Riedel.