Lançada em 1987, a Ferrovia Norte-Sul teve nesta quinta-feira (22) mais um trecho finalizado. O novo segmento de 855 quilômetros, inaugurado pela presidente Dilma Rousseff, liga Anápolis (GO) a Palmas (TO), onde é interligado a trilhos que seguem até Açailândia (MA). Depois de 27 anos de espera, a obra, que custou R$ 4,2 bilhões e estava prevista para ser entregue em 2010, poderá garantir uma economia de até 30% nos fretes de produtos do agronegócio, minérios e contêineres que passam pela região Centro-Oeste. A expectativa anima os setores produtivo e de Logística de transportes.
O novo trecho da Norte-Sul vai transportar cerca de 4 mil toneladas de minério de ferro, oriundos do pátio de Gurupi (TO), próximo a Palmas, com destino ao porto de Itaqui (MA). Na região próxima a Anápolis, ainda é preciso que as indústrias se organizem para viabilizar a operacionalização da estrada de ferro, mas a projeção é de que o transporte de farelo de Soja já seja escoado pela Ferrovia este ano. Conforme a Valec, estatal Ferroviária responsável pela obra, o próximo trecho a ser inaugurado será a Extensão Sul, que vai de Ouro Verde (GO) até Estrela d"Oeste (SP), um percurso de 682 quilômetros cujas obras já estão 60% executadas, com previsão de conclusão em 2015.
A demora fez com que muitos empresários desacreditassem do potencial da Ferrovia. Por isso, a perspectiva é de que a movimentação de cargas aumente a partir de um ano de operações. A Ferrovia poderá ser responsável pelo aumento de até 30% na movimentação de cargas da região Centro Oeste. A Norte-Sul é vital para o escoamento da produção. A economia potencial chegará a R$ 360 milhões por ano em 2020, quando os trilhos levarem a produção aos portos do Norte do país.