Segunda-feira, 19 de Novembro de 2007, 09h:43 -
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Iagro faz levantamento sobre Sigatoka-Negra no Estado
Notícias MS
Fiscais estaduais agropecuários (engenheiros agrônomos) da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) participam, de hoje (19) até sexta-feira (23), de encontro para atualização do levantamento feito em 2004, quando a Sigatoka-Negra começou a atingir bananeiras em Mato Grosso do Sul.
De acordo com a Gerência em Defesa Sanitária Vegetal, a medida visa à elaboração de um plano de prevenção e controle da disseminação do fungo causador da doença, levando em consideração ser ela uma “praga quarentenária”, ou seja, com restrição para o comércio interestadual dos frutos da bananeira, imposta pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Atualmente, a praga atinge plantas no município de Pedro Gomes. “Os fiscais vão visitar os bananais localizados nas cidades compreendidas entre Campo Grande e Sonora, dentro do corredor da BR-163”, informa a gestora em Defesa Sanitária Vegetal, Glaucy Ortiz.
Neste primeiro dia da reunião, os fiscais reúnem-se na sede da Iagro. À tarde eles vão para os municípios inspecionar os bananais e coletar amostras das plantas com suspeita da doença. “O material será encaminhado ao Laboratório de Fitopatologia da Superintendência Federal de Agricultura na Capital, para constatar a presença do fungo”, explica Glaucy.
Sigatoka-Negra
A doença foi constatada em alguns estados do Brasil em fevereiro de 1998. O desenvolvimento de lesões de Sigatoka e a sua disseminação são fortemente influenciados por fatores ambientais como umidade, temperatura e vento.
O fungo causador da Sigatoka-Negra é um ascomiceto conhecido como Mycosphaerella fijiensis Morelet (fase sexuada)/Paracercospora fijiensis (Morelet) Deighton (fase anamórfica).
Os sintomas causados pela evolução das lesões produzidas pela Sigatoka-Negra se assemelham aos decorrentes do ataque da Sigatoka-Amarela, também ocorrendo a infecção nas folhas mais novas.
Já os primeiros sintomas aparecem na face inferior da folha, como estrias de cor marrom evoluindo para estrias negras. Os reflexos da doença são sentidos pela rápida destruição da área foliar, reduzindo-se a capacidade fotossintética da planta e, conseqüentemente, a sua capacidade produtiva.
Danos e distúrbios fisiológicos
A Sigatoka-Negra é a mais grave e temida doença da bananeira no mundo, implicando em aumento significativo de perdas, que podem chegar a 100% da produção, onde o controle não é realizado. Devido à sua agressividade, nas regiões onde a Sigatoka-Negra é introduzida, a amarela desaparece em cerca de três anos. Ataca severamente as variedades tipo Prata e Cavendish.